O efeito de diferentes salinidades sobre a germinação das sementes de Spartina ciliata foi testado em laboratório ao longo de 40 dias, usando seis concentrações de NaCl (0,45, 80, 130, 170 e 215 mM NaCl) e em três concentrações de água do mar (25, 30 e 35‰). Adicionalmente a sobrevivência e crescimento das plântulas foram testados em cinco regimes de salinidade (0,45,80,130 e 170 mM NaCl) assim como, em cinco regimes de inundação com água do mar. Os resultados mostraram que as sementes apresentam alta capacidade germinativa numa grande amplitude de salinidades (0 a 215 mM NaCl). Apesar de concentrações próximas as da água do mar terem inibido completamente a germinação, a transferencia das sementes que não germinaram para água doce, estimulou, imediatamente, a germinação. O efeito da salinidade no crescimento das plântulas mostrou que a altura das hastes e comprimento das raízes foram as variáveis mais sensíveis ao estresse salino. Frequentes alagamentos com água do mar reduziram significativamente a sobrevivência e o crescimento das plântulas de Spartina ciliata. O sucesso na germinação, sobrevivência e crescimento de Spartina ciliata em salinidades acimas daquelas normalmente encontradas no ambiente natural poderiam explicar a distribuição da espécie ao longo dos hábitats estressados por sal nas dunas costeiras no extremo sul do Brasil.
estresse salino; germinação de sementes; crescimento das plântulas; plantas de dunas costeiras; Spartina ciliata