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Progressão da Lesão Miocárdica após Ablação por Radiofrequência em Crianças em Idade Escolar

Resumo

Fundamento

As últimas décadas têm assistido ao rápido desenvolvimento do tratamento invasivo de arritmias por procedimentos de ablação por cateter. Apesar da sua segurança e eficácia bem estabelecida em adultos, até o momento, há poucos dados nos cenários pediátricos. Uma das principais preocupações é a possível expansão da cicatriz do procedimento de ablação nessa população e suas consequências ao longo dos anos.

Objetivos

Este estudo teve como objetivo analisar o risco da progressão da lesão miocárdica após ablação por cateter de radiofrequência em pacientes pediátricos.

Métodos

Este é um estudo retrospectivo de 20 pacientes pediátricos com tratamento prévio de arritmia supraventricular com ablação, submetidos à ressonância magnética cardíaca e angiografia coronária para avaliação de fibrose miocárdica e da integridade das artérias coronárias durante o acompanhamento.

Resultados

A idade mediana no procedimento de ablação foi 15,1 anos (Q1 12,9, Q3 16,6) e 21 anos (Q1 20, Q3 23) quando a ressonância magnética cardíaca foi realizada. Quatorze dos pacientes eram mulheres. Taquicardia por reentrada nodal e síndrome de Wolf-Parkinson-White foram os principais diagnósticos (19 pacientes), com um paciente com taquicardia atrial. Três pacientes apresentaram fibrose miocárdica ventricular, mas com um volume inferior a 0,6 cm 3 . Nenhum deles desenvolveu disfunção ventricular e nenhum paciente apresentou lesões coronarianos na angiografia.

Conclusão

A ablação por cateter de radiofrequência não mostrou aumentar o risco de progressão de lesão miocárdica ou de lesões na artéria coronária.

Ablação por Cateter; Contusões Miocárdicas; Criança; Segurança

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