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Registradores de eventos. Uma alternativa para esclarecimento de sintomas de provável origem cardíaca

Atualização

Registradores de Eventos. Uma Alternativa para Esclarecimento de Sintomas de Provável Origem Cardíaca

Leandro Ioschpe Zimerman, Claudio Meirelles Medeiros, Jorge Pinto Ribeiro

Porto Alegre, RS

A avaliação das arritmias cardíacas pode representar um desafio diagnóstico, devido à natureza paroxística de grande parte delas. Tradicionalmente, usam-se os eletrocardiogramas (ECG) de repouso, de esforço e o Holter na busca de documentação de arritmias. O ECG de repouso, raramente, documenta arritmias de ocorrência eventual, mas é de grande valia nos casos incessantes, como taquicardias atriais automáticas ou taquicardias reciprocantes juncionais permanentes. Além disso, podem dar indícios da presença e tipo de arritmia, como nos casos de Wolff-Parkinson-White ou na presença de bloqueio atrioventricular trifascicular.

O ECG de esforço documenta arrtimias, em uma minoria dos casos. O aparecimento de extra-sístoles ventriculares é comum, mas, freqüentemente, sem significado clínico 1. Nos casos de bradiarritmias, pode-se observar incompetência cronotrópica ou o desenvolvimento de bloqueio atrioventricular completo, indicando a presença de doença no sistema distal de condução 2. Taquiarritmias supra ou ventriculares podem ser desencadeadas devido ao aumento da atividade simpática e diminuição da parassimpática. Taquicardias supraventriculares ocorrem em 1 a 2% dos casos 3. Certas taquicardias, como a taquicardia ventricular de via de saída de ventrículo direito em coração normal ou torsade de pointes em síndrome do QT longo, são comumente induzidas ao esforço e não durante estudo eletrofisiológico invasivo.

O Holter permite uma monitorização mais prolongada do paciente, em dois ou três canais, durante suas atividades normais diárias. O registro durante todo o período do exame e a possibilidade de registrar os sintomas permitem que se façam diagnósticos de arritmias sintomáticas e assintomáticas. Além disso, é muito útil na quantificação de arritmias durante as 24h. O problema encontrado para a detecção de arritmias eventuais é o período, relativamente curto, de monitorização, 24 a 48h, geralmente insuficiente para detecção da maioria das taquicardias paroxísticas. Além disso, a chance de se demonstrar a causa de síncope por meio de Holter é menor que 10% 4,5.

Por ser incomum que esses métodos tragam a resposta esperada, foram desenvolvidos sistemas de monitorização eletrocardiográfica prolongada através de registradores de eventos, com o objetivo de auxiliar no diagnóstico de arritmias paroxísticas ocorridas com pouca freqüência. O objetivo desta revisão é discutir este método de monitorização e suas atuais aplicações clínicas.

Registradores de eventos

Os registradores de eventos são aparelhos menores que o Holter, nos quais o ECG do paciente não é registrado por 24h, mas somente nos momentos em que houver sintoma e o aparelho for ativado. De acordo com o modo de registro e transmissão dos sinais, eles podem ser divididos em três diferentes grupos: transmissores em tempo real, registradores pós-eventos e registradores de eventos prévios.

Os transmissores em tempo real não gravam o ECG, mas, simplesmente, o transmitem em tempo real a uma central, através de sistema telefônico. Por não haver gravação de eventos, deve haver uma central de recepção durante 24h por dia, ao contrário dos registradores de eventos. Os transmissores, por não terem memória embutida, são mais baratos, além de não precisarem de monitorização contínua. Este tipo de transmissor é útil em casos de arritmias de longa duração e estáveis, que permitem que o paciente entre em contato com a central e transmita seu ECG. Cumpridas estas condições, este método de monitorização prolongada já se mostrou efetivo 6.

Os registradores pós-eventos gravam a partir do momento em que são ativados, ou seja, não registram o que se passou antes de ser acionado o aparelho. São, portanto, usados para o diagnóstico de arritmias sustentadas e, hemodinamicamente estáveis. São aparelhos pequenos, até mesmo do tamanho de um cartão de crédito, e o paciente não necessita permanecer continuamente monitorizado (fig. 1). Do mesmo modo que ocorre com os registradores de eventos prévios, o ECG gravado pode ser transmitido transtelefonicamente a uma central com um modem acoplado a um eletrocardiógrafo, um computador com software próprio para recepção dos sinais, ou transmitido para Fax 7-10.


Os registradores de eventos prévios, conhecidos na literatura inglesa como loop monitors, são aparelhos que gravam continuamente o ECG digitalizado do paciente, através de uma memória de estado sólido. Esta memória é utilizada de modo a que o ECG corrente é registrado sobre o já adquirido. Quando o paciente aciona a tecla de evento, o ECG registrado na memória é fixado. Além disso, pode-se fixar o ECG durante algum tempo após ser acionada a tecla de evento. Assim, obtém-se registro antes e após o início dos sintomas, sendo o tempo destes registros programável, geralmente, entre 2 e 5min. Para que tal ocorra, é necessário que o paciente permaneça monitorizado, continuamente, através de derivação torácica bipolar. É útil, portanto, principalmente para os casos em que os sintomas impedem o paciente de acionar imediatamente o aparelho, os episódios são breves ou quando se quer o registro do início dos episódios de arritmias. Por ser o aparelho bem menor que o de Holter e o número de eletrodos somente dois, o incômodo referido pelos pacientes costuma ser pequeno, o que possibilita o uso por longos períodos, geralmente, uma ou mais semanas (fig. 1). Já existem inclusive aparelhos usados como relógio de pulso. Um estudo com 172 transmissões por 109 pacientes mostrou que nenhum dos distúrbios de ritmo detectados necessitavam atendimento médico de urgência, sugerindo não ser necessária uma central de recepção por 24h por dia 11.

Aplicações clínicas

Avaliação de palpitações, síncope e pré-síncope - Por serem as palpitações geralmente eventuais, é pouco freqüente que o diagnóstico de sua causa seja detectado por ECG de repouso ou de 24h. Nestes casos, os registradores de eventos têm se mostrado bastante úteis e com uma boa relação custo-benefício 6-13. Em um estudo onde foram analisados 124 pacientes com palpitações, os registradores de eventos foram diagnósticos em 65% dos que apresentavam doença estrutural cardíaca e em 69% daqueles sem doença cardíaca (fig. 2) 14. Em um ensaio clínico, comparando registradores de eventos com o Holter, os primeiros se mostraram mais úteis, tendo feito diagnóstico em 67% dos casos 15. Mesmo em pacientes com diagnóstico firmado de taquicardia supraventricular paroxística, o registro de vários episódios sintomáticos pode evidenciar a existência de um segundo tipo de taquiarritmia, como fibrilação atrial (fig. 3) 16.



Além disso, deve-se ressaltar a importância de um ECG normal na vigência de palpitações, podendo-se excluir assim arritmias, como a causa dos sintomas. O registro eletrocardiográfico durante sintomas, após ablação por radiofreqüência, demontrou que a maior parte destes sintomas não é acompanhada por arritmias, não sendo, portanto, recorrência após o procedimento 17, 18. Por ser um método simples, fornecer o diagnóstico em boa parte dos casos, com boa relação custo-benefício, Prystowsky e col propõem o uso de monitorização eletrocardiográfica prolongada por registradores de eventos como opção inicial na investigação de palpitações isoladas 19.

No que se refere a pré-síncope e síncope, estes são episódios ainda menos freqüentes que as palpitações. Por isso, a chance de se fazer diagnóstico de causa de síncope por Holter é, como já foi dito anteriormente, muito pequena 4,5,9. Já os registradores de eventos, no caso basicamente os registradores pré-eventos, mostraram-se úteis na obtenção da causa destes episódios 7,9, mesmo que a relação custo-benefício não se tenha mostrado tão favorável como no diagnóstico de palpitações 14 (fig. 4 e 5). Por serem pré-síncope e síncope situações clínicas potencialmente graves, propõe-se que os registradores de eventos sejam usados em uma segunda linha na investigação diagnóstica 19.



O período de tempo pelo qual devem ser usados os registradores de eventos não está claro. Assim como se encontram dados mostrando mais de 50% de diagnósticos em uma semana de uso 7, há estudos em que os monitores foram usados por até três meses 15. Um estudo feito, especificamente, para responder esta pergunta mostrou que 95% dos registros obtidos por suspeita de arritmia ocorreram nas primeiras quatro semanas de monitorização, com documentação de arritmias sérias (52%) e sintomas (70%), mais comumente se dando na 1ª semana de monitorização 20. Deve-se ressaltar, por fim, que este modo de monitorização tem sido usado inclusive na população pediátrica 10,12. Em nossos serviços, temos oferecido exames de monitorização prolongada por períodos de pelo menos uma semana.

Seguimento de marcapasso e desfibrilador cardioversor implantável - Há mais de 20 anos, a monitorização transtelefônica de marcapassos tem sido utilizada 21. Atualmente, a transmissão de traçados do marcapasso com e sem o uso de ímã, através de transmissores em tempo real, é o método de escolha no acompanhamento destes pacientes, já que mostrou ter alta sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo na detecção de disfunções, inclusive em crianças 22-25 (fig. 6). Pode-se usar também a avaliação transtelefônica para buscar um ajuste ideal da resposta de freqüência em marcapassos com esta capacidade 26.


Os registradores de eventos têm se mostrado muito úteis na avaliação do funcionamento de cardioversores desfibriladores implantáveis, principalmente, na correlação entre a presença ou não de arrimias com choques não precedidos de sintomas 27-30. A partir do uso dos registradores de eventos, pôde-se caracterizar os choques dos desfibriladores como apropriados ou inapropriados. No primeiro grupo, estão aqueles causados por taquiarritmias ventriculares com freqüência cardíaca e duração acima daquela programadas para a detecção da arritmia. No segundo grupo, estão os causados por taquicardias supraventriculares com freqüência cardíaca superior àquela definida como mínima para detecção de taquiarritmias, taquiarritmias ventriculares não sustentadas (note-se que, nestes dois casos, o desfibrilador cardioversor estava funcionando corretamente, devendo-se alterar a sua programação a fim de se evitar os choques inapropriados), ou por mal funcionamento do mecanismo sensor, que pode ser causado por fratura, perda do revestimento ou deslocamento do eletrodo ou um controle de ganho muito aumentado. Além disso, já se pode transmitir dados do cardioversor desfibrilador, incluindo ECG registrados pelo aparelho antes de choques, através de transmissores transtelefônicos em tempo real 31, ou, inclusive, proceder a própria desfibrilação de fibrilação ou taquicardia ventricular através de sistema transtelefônico 32.

Monitorização ambulatorial durante uso de drogas antiarrítmicas - O uso de medicações antiarrítmicas pode gerar o aparecimento de pró-arritmias, principalmente, na fase inicial de administração. Devido a isso, tem-se determinado que os pacientes de alto risco, com arritmias ventriculares e disfunção ventricular, devam iniciar sua medicação internados em hospital, sob monitorização eletrocardiográfica contínua 33. Por ser esta uma medida muito cara e de difícil aplicação, tem-se proposto, mais recentemente, como alternativa, a monitorização ambulatorial com registradores de eventos, a fim de monitorizar o comportamento do intervalo QTc e avaliar o aparecimento de possíveis arritmias 34. Por outro lado, a monitorização da eficácia de drogas antiarrítmicas pode ser feita transtelefonicamente 35.

Outras aplicações

O diagnóstico de episódios anginosos, tipo angina de Prinzmetal, habitualmente não detectados por métodos convencionais de avaliação, como teste de esforço e cateterismo cardíaco, pode ser feito através de monitorização eletrocardiográfica prolongada 36. Alterações de segmento ST diagnosticadas por traçados transtelefônicos paracem ter o mesmo significado daquelas vistas durante teste de esforço, criando mais uma possibilidade na detecção de isquemia miocárdica 37,38. Programas de reabilitação cardíaca também podem ser monitorizados, domiciliarmente, através dos registradores 39-41. Além disso, deve-se ressaltar que, com o uso de telefones e computadores portáteis, a transmissão de dados do paciente para o médico pode se dar, praticamente, a qualquer momento e em qualquer local, agilizando o diagnóstico e tomada de decisões. Recentemente, demonstramos que a qualidade da transmissão de traçados eletrocardiográficos através de linhas telefônicas celulares também é adequada em nosso país 42.

Conclusão

A monitorização eletrocardiográfica prolongada, utilizando registradores de eventos prévios, pós-eventos e transmissores em tempo real, é um método simples, de boa relação custo-benefício e útil para o diagnóstico sintomas paroxísticos, como palpitações, pré-síncope e síncope. Além disso, pode ser usada no acompanhamento de marcapassos e cardioversores desfibriladores implantáveis, na monitorização de pacientes em uso de medicação antiarrítmica ambulatorialmente, avaliação de isquemia miocárdica e em programas de reabilitação cardíaca domiciliar.

Laboratório de Cardiologia Diagnóstika, Hospital Moinhos de Vento, Cardioritmo e Serviço de Cardiologia, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Faculdade de Medicina UFRGS - Porto Alegre

Correspondência: Leandro I. Zimerman - Rua Ramiro Barcelos 910 cj. 702 - 90035-001 - Porto Alegre, RS

Recebido para publicação em 21/10/97

Aceito em 7/1/98

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jan 2002
  • Data do Fascículo
    Mar 1998

Histórico

  • Aceito
    07 Jan 1998
  • Recebido
    21 Out 1997
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