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Intervenção Coronariana Ad Hoc Reduz a Exposição Radiológica? - Análise em 568 Pacientes

Fundamento:

Uma série de vantagens e desvantagens tem sido descrita para a intervenção coronária percutânea ad hoc, como a realizada ao mesmo tempo que o cateterismo diagnóstico, porém pouco se sabe sobre a exposição radiológica desse procedimento, comparado com a intervenção estadiada, ou seja, em dois momentos.

Objetivo:

Comparar a dose de radiação utilizada na angioplastia ad hoc com a angioplastia estadiada.

Métodos:

O produto de dose por área e o Kerma total foram mensurados, somando-se ambas as fases de diagnóstico e terapêutica. Além disso, foram computados o tempo total de fluoroscopia e o número de filmagens.

Resultados:

Um total de 568 pacientes consecutivos foram tratados com intervenção coronária percutânea ad hoc (n = 320) ou estadiada (n = 248). À admissão, o grupo do ad hoc apresentava menos hipertensão (74,1% vs. 81,9%; p = 0,035), dislipidemia (57,8% vs. 67,7%; p = 0,02) e doença triarterial (38,8% vs. 50,4%; p = 0,015). O grupo ad hoc foi exposto a doses significativamente menores de radiação, mesmo após ajuste para as diferenças basais entre os grupos. O grupo ad hoc foi exposto a uma dose de produto de dose por área total de 119,7 ± 70,7 Gycm2 enquanto que os pacientes estadiados foram expostos a uma dose de 139,2 ± 75,3 Gycm2 (p < 0,001).

Conclusão:

A intervenção coronária percutânea ad hoc reduziu a exposição radiológica, em comparação com procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados em tempos separados.

Angioplastia Coronária com Balão; Cateterismo Cardíaco; Angiografia Coronária; Fluoroscopia; Monitoramento da Radiação


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