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Estudo evolutivo da morfologia e função cardíaca em ratos submetidos a estenose aórtica supravalvar

OBJETIVO: Caracterizar, evolutivamente, o modelo experimental de hipertrofia ventricular esquerda (HVE) por indução de estenose aórtica supravalvar em ratos jovens. MÉTODOS: Ratos Wistar foram submetidos a toracotomia para colocação de clipe ao redor da aorta torácica (grupo EAo, n=12). Animais controle foram submetidos à mesma cirurgia, porém sem a colocação do clipe (grupo C, n=12). A função cardíaca foi analisada por ecocardiogramas seriados após 6, 12 e 21 semanas. Outros grupos foram utilizados para avaliação histológica e quantificação da hidroxiprolina miocárdica (HOP: 2, 6, 12 e 21 semanas). RESULTADOS: A EAo promoveu precocemente HVE concêntrica e aumento progressivo da concentração de HOP. À microscopia óptica, observou-se hipertrofia dos miócitos e da camada média dos ramos intramurais das artérias coronárias. A função sistólica foi supranormal no período 6 semanas (porcentagem de encurtamento - EAo6:70,3±10,8; C6: 61,3±5,4; p<0,05), apresentando-se reduzida apenas no último período. A partir de 12 semanas, verificou-se disfunção diastólica (E/A - EAo12: 4,20± 3,25; C12: 1,61±0,16; p<0,05). CONCLUSÃO: A indução de EAo promove HVE concêntrica e fibrose miocárdica. A função cardíaca, dependendo do período de análise, encontra-se melhorada, normal ou deprimida. O modelo é adequado e potencialmente útil para estudos sobre a fisiopatologia e tratamento nas diferentes fases evolutivas da hipertrofia cardíaca.

hipertrofia miocárdica; ecocardiograma; função ventricular; estenose aórtica; ratos


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