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Aspecto evolutivo da repolarização ventricular em bloqueio de ramo esquerdo no miocárdio não-compactado

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Aspecto evolutivo da repolarização ventricular em bloqueio de ramo esquerdo no miocárdio não-compactado

Lurildo Ribeiro Saraiva; Giordano Bruno Parente; Ricardo Loureiro; Thiago B. Saraiva Leão

Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE

Correspondência Correspondência: Lurildo R. Saraiva Av. Prof. Moraes Rego, SN Hospital das Clínicas UFPE, Disciplina de Cardiologia Cidade Universitária 52070-420 - Recife, PE E-mail: lurildocleano@hotmail.com, lurildo@cardiol.br

Palavras-chave: Bloqueio de ramo esquerdo, isquemia circunferencial, subendocárdica, miocárdio não compactado.

Homem de 34 anos, policial, há quatro anos desenvolveu insuficiência cardíaca rapidamente progressiva, decorrente de cardiomiopatia não-compactada do ventrículo esquerdo (VE), conforme dados de angiorressonância magnética. O eletrocardiograma (fig. 1) inicial mostrou bloqueio AV do primeiro grau, sobrecarga de câmaras esquerdas e bloqueio de ramo esquerdo, com SÂT a +30°, sendo as ondas T minus-plus em D1 e V6. Recentemente, após episódio viral de vias respiratórias, teve acentuada limitação aos esforços. O ecocardiograma Doppler (fig. 2), além de detectar as características trabeculações na face interna do miocárdio septo-apical, com fluxo sangüíneo intratrabecular, demonstrou hipocinesia difusa e queda significativa da fração de ejeção do VE (0,38) com insuficiência mitral leve, sendo o diâmetro diastólico final da câmara de 6,3 cm e o sistólico final de 5,1 cm. O ECG (fig. 3) expôs maior grau de aberrância na ativação ventricular e ampla inversão das ondas T em parede ântero-lateral e inferior, com SÂT diametralmente oposto, a -145°.




Comentários

O conceito eletrocardiográfico de isquemia circunferencial subendocárdica, em razão do deslocamento do SÂT para o quadrante superior direito, na doença coronariana obstrutiva triarterial ou símile, indicativo de súbita elevação da pressão diastólica final do VE, pode ser pertinente a essa forma de cardiomiopatia, na qual são escassas as informações sobre o comportamento do ECG.

Recebido em 15/11/05; revisado recebido em 21/11/05; aceito em 21/11/05.

  • Correspondência:
    Lurildo R. Saraiva
    Av. Prof. Moraes Rego, SN
    Hospital das Clínicas UFPE, Disciplina de Cardiologia
    Cidade Universitária
    52070-420 - Recife, PE
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Mar 2007
    • Data do Fascículo
      Nov 2006
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