Acessibilidade / Reportar erro
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Volume: 116, Número: 2, Publicado: 2021
  • Vacinação do Cardiopata contra COVID-19: As Razões da Prioridade Editorial

    Martins, Wolney de Andrade; Oliveira, Gláucia Maria Moraes de; Brandão, Andréa Araujo; Mourilhe-Rocha, Ricardo; Mesquita, Evandro Tinoco; Saraiva, José Francisco Kerr; Bacal, Fernando; Lopes, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga
  • Resultados Clínicos e Hemodinâmicos de Longo Prazo após o Transplante de Coração em Pacientes Pré-Tratados com Sildenafil Artigo Original

    Mendes, Sofia Lázaro; Moreira, Nadia; Batista, Manuel; Ferreira, Ana Rita; Marinho, Ana Vera; Prieto, David; Baptista, Rui; Costa, Susana; Franco, Fatima; Pego, Mariano; Antunes, Manuel de Jesus

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A resistência vascular pulmonar elevada ainda é um grande problema na seleção de candidatos ao transplante cardíaco. Objetivo Nosso objetivo foi avaliar o efeito da administração de sildenafila pré-transplante cardíaco em pacientes com hipertensão pulmonar fixa. Métodos O estudo retrospectivo, de centro único, incluiu 300 candidatos a transplante cardíaco consecutivos tratados entre 2003 e 2013. Destes, 95 pacientes tinham hipertensão pulmonar fixa e, dentre eles, 30 pacientes foram tratados com sildenafila e acabaram passando pelo transplante, formando o Grupo A. O Grupo B incluiu 205 pacientes sem hipertensão pulmonar que passaram pelo transplante cardíaco. A hemodinâmica pulmonar foi avaliada antes do transplante, 1 semana e 1 ano após o transplante. A taxa de sobrevivência foi comparada entre os grupos. Neste estudo, um P valor < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados Após o tratamento com sildenafila, mas antes do TxC, a RVP (-39%) e a PAPs (-10%) diminuíram significativamente. A PAPs diminuiu após o TxC em ambos os grupos, mas permaneceu significativamente alta no grupo A em relação ao grupo B (40,3 ± 8,0 mmHg versus 36,5 ± 11,5 mmHg, P=0,022). Um ano após o TxC, a PAPs era 32,4 ± 6,3 mmHg no Grupo A versus 30,5 ± 8,2 mmHg no Grupo B (P=0,274). O índice de sobrevivência após o TxC 30 dias (97% no grupo A versus 96% no grupo B), 6 meses (87% versus 93%) e um ano (80% versus 91%) após o TxC não foi estatisticamente significativo (Log-rank P=0,063). Depois do primeiro ano, o índice de mortalidade era similar entre os dois grupos (sobrevivência condicional após 1 ano, Log-rank p=0,321). Conclusão Nos pacientes com HP pré-tratados com sildenafila, a hemodinâmica pós-operatória inicial e o prognóstico são numericamente piores em pacientes sem HP, mas depois de 1 ano, a mortalidade em médio e longo prazo são semelhantes. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):219-226)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Elevated pulmonary vascular resistance remains a major problem for heart transplant (HT) candidate selection. Objective This study sought at assess the effect of pre-HT sildenafil administration in patients with fixed pulmonary hypertension. Methods This retrospective, single-center study included 300 consecutive, HT candidates treated between 2003 and 2013, in which 95 patients had fixed PH, and of these, 30 patients were treated with sildenafil and eventually received a transplant, forming Group A. Group B included 205 patients without PH who underwent HT. Pulmonary hemodynamics were evaluated before HT, as well as 1 week after and 1 year after HT. Survival was compared between the groups. In this study, a p value < 0.05 was considered statistically significant. Results After treatment with sildenafil but before HT, PVR (-39%) and sPAP (-10%) decreased significantly. sPAP decreased after HT in both groups, but it remained significantly higher in group A vs. group B (40.3 ± 8.0 mmHg vs 36.5 ± 11.5 mmHg, p=0.022). One year after HT, sPAP was 32.4 ± 6.3 mmHg in group A vs 30.5 ± 8.2 mmHg in group B (p=0.274). The survival rate after HT at 30 days (97% in group A versus 96% in group B), at 6 months (87% versus 93%) and at one year (80% vs 91%) were not statistically significant (Log-rank p=0.063). After this first year, the attrition rate was similar among both groups (conditional survival after 1 year, Log-rank p=0.321). Conclusion In patients with severe PH pre-treated with sildenafil, early post-operative hemodynamics and prognosis are numerically worse than in patients without PH, but after 1 year, the medium to long-term mortality proved to be similar. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):219-226)
  • Sildenafila como Terapia Adequada de Transplante Cardíaco para Insuficiência Cardíaca Avançada Associada à Hipertensão Pulmonar Fixa Minieditorial

    Schwartzmann, Pedro
  • Efeitos Terapêuticos da Tripla Antiagregação Plaquetária em Pacientes Femininas Idosas com Diabetes e Infarto Agudo do Miocárdio Artigo Original

    Liu, Yang; Gao, Yanyan; Liu, Hengliang; Chen, Qi; Ji, Jinrui; Jia, Kailong

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A dupla antiagregação plaquetária (DAP) é o tratamento fundamental do infarto agudo do miocárdio (IAM). Objetivo O presente estudo visou investigar a eficácia e a segurança da tripla antiagregação plaquetária (TAP) em pacientes femininas idosas com diabetes e infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST), que foram submetidas à intervenção coronária percutânea ICP. Métodos Trata-se se de um estudo randomizado e mono-cego. O grupo controle A (97 pacientes idosos do sexo masculino com diabetes e STEMI, cujos escores CRUSADE foram < 30) recebeu aspirina, ticagrelor e tirofibana. Um total de 162 pacientes femininas idosas com diabetes e IAMCSST foram divididas aleatoriamente em dois grupos de acordo com o escore CRUSADE. O grupo B (69 pacientes com escore CRUSADE > 31) recebeu aspirina e ticagrelor. O grupo C (93 pacientes com escore CRUSADE < 30) recebeu aspirina, ticagrelor e tirofibana. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados Após a PCI, o fluxo sanguíneo grau 3 Thrombolysis in Myocardial Infarction (TIMI) e a perfusão miocárdica TIMI grau 3 foram significativamente menos prevalentes no grupo B, em comparação com o grupo A (p < 0,05). Quando comparada aos grupos A e C, a incidência de complicações adversas maiores foi significativamente maior no grupo B (p < 0,05). Conclusão A TAP pode efetivamente reduzir a incidência de complicações maiores em pacientes idosas com diabetes e IAMCSST. No entanto, atenção cuidadosa deve ser dada à hemorragia em pacientes que recebem TAP. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Dual antiplatelet therapy (DAPT) is the cornerstone treatment of acute myocardial infarction (AMI). Objective The present study aimed to investigate the efficacy and safety of triple antiplatelet therapy (TAPT) in elderly female patients with diabetes and ST segment elevation myocardial infarction (STEMI), who had undergone percutaneous coronary intervention (PCI). Methods We designed a randomized, single-blind study. Control group A (97 elderly male patients with diabetes and STEMI, whose CRUSADE scores were < 30) received aspirin, ticagrelor, and tirofiban. A total of 162 elderly female patients with diabetes and STEMI were randomly divided into two groups according to CRUSADE score. Group B (69 patients with CRUSADE score > 31) received aspirin and ticagrelor. Group C (93 patients with CRUSADE score < 30) received aspirin, ticagrelor and tirofiban. P values < 0.05 were considered statistically significant. Results Compared to the findings in group A, post-PCI Thrombolysis in Myocardial Infarction (TIMI) grade 3 blood flow and TIMI myocardial perfusion grade 3 were significantly less prevalent in group B (p < 0.05). When compared to groups A and C, the incidence of major adverse complications was significantly higher in group B (p < 0.05). Conclusion TAPT could effectively reduce the incidence of major complications in elderly female patients with diabetes and STEMI. However, close attention should be paid to hemorrhage in patients receiving TAPT. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Há um Fôlego Extra para o Uso de Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa em Mulheres Diabéticas Idosas com Infarto do Miocárdio com Elevação de ST ou Estamos em uma Situação de Risco? Minieditorial

    Timóteo, Ana Teresa
  • Desfechos em Pacientes com Fenômeno de No-Reflow Coronário e a Relação entre a Molécula-1 de Lesão Renal e o Fenômeno de No-Reflow Coronário Artigo Original

    Huyut, Mustafa Ahmet; Yamac, Aylin Hatice

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento O fenômeno de no-reflow coronário (CNP, do inglês Coronary no-reflow phenomenon) está associado a um risco aumentado de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM). Objetivo Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre os níveis séricos da Molécula-1 de lesão renal (KIM-1) e o CNP em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Métodos Este estudo incluiu um total de 160 pacientes (113 homens e 47 mulheres; média de idade: 61,65 ± 12,14 anos) com diagnóstico de IAMCSST. Os pacientes foram divididos em dois grupos, o grupo reflow (GR) (n = 140) e o grupo no-reflow (GNR) (n = 20). Os pacientes foram acompanhados durante um ano. Um valor de p<0,05 foi considerado significativo. Resultados O CNP foi observado em 12,50% dos pacientes. O nível de KIM-1 sérico foi significativamente maior no GNR do que no GR (20,26 ± 7,32 vs. 13,45 ± 6,40, p<0,001). O índice de massa corporal (IMC) foi significativamente maior no GNR do que no GR (29,41 (28,48-31,23) vs. 27,56 (25,44-31,03), p=0,047). A frequência cardíaca (FC) foi significativamente menor no GNR do que no GR (61,6 ± 8,04 vs. 80,37 ± 14,61, p<0,001). O escore do European System for Cardiac Operative Risk Evaluation II (EuroSCORE II) foi significativamente maior no GNR do que no GR (3,06 ± 2,22 vs. 2,36 ± 2,85, p=0,016). A incidência de AVC foi significativamente maior no GNR do que no GR (15% vs. 2,90%, p=0,013). O nível basal de KIM-1 (OR = 1,19, IC 95%: 1,07-1,34, p=0,002) e HR (OR = 0,784, IC 95%: 0,69-0,88, p<0,001) foram os preditores independentes de CNP. Conclusão Em conclusão, os níveis séricos basais de KIM-1 e a FC mais baixa estão independentemente associados com CNP em pacientes com IAMCSST, e o acidente vascular cerebral foi significativamente maior no GNR em um ano de seguimento. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):238-247)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Coronary no-reflow phenomenon (CNP) is associated with an increased risk of major cardiovascular adverse events (MACE). Objective This study aimed to evaluate the relationship between serum Kidney Injury Molecule-1 (KIM-1) levels and CNP in patients with acute ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI). Methods This study included a total of 160 patients (113 males and 47 females; mean age: 61.65±12.14 years) who were diagnosed with STEMI. The patients were divided into two groups, the reflow group (RG) (n=140) and the no-reflow group (NRG) (n=20). Patients were followed during one year. A p-value of <0.05 was considered significant. Results CNP was observed in 12.50% of the patients. Serum KIM-1 was significantly higher in the NRG than in the RG (20.26±7,32 vs. 13.45±6.40, p<0.001). Body mass index (BMI) was significantly higher in the NRG than in the RG (29.41 (28.48-31.23) vs. 27.56 (25.44-31.03), p=0.047). Heart rate (HR) was significantly lower in the NRG than in the RG (61.6±8.04 vs. 80.37±14.61, p<0.001). The European System for Cardiac Operative Risk Evaluation II (EuroSCORE II) was significantly higher in the NRG than in the RG (3.06±2.22 vs. 2.36±2.85, p=0.016). The incidence of stroke was significantly higher in the NRG than in the RG (15% vs. 2.90%, p=0.013). The baseline KIM-1 level (OR=1.19, 95% CI:1.07 to 1.34, p=0.002) and HR (OR=0.784, 95% CI:0.69 to 0.88, p<0.001) were the independent predictors of CNP. Conclusion In conclusion, baseline serum KIM-1 concentrations and lower HR are independently associated with CNP in STEMI patients and the incidence of stroke was significantly higher in the NRG in the one-year follow-up. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):238-247)
  • Galectina-3 Associada a Formas Graves e Mortalidade em Longo Prazo em Pacientes com Doença de Chagas Artigo Original

    Fernandes, Fábio; Moreira, Carlos Henrique Valente; Oliveira, Lea Campos; Souza-Basqueira, Marcela; Ianni, Barbara Maria; Lorenzo, Claudia di; Ramires, Felix José Alvarez; Nastari, Luciano; Cunha-Neto, Edecio; Ribeiro, Antonio L.; Lopes, Renato Delascio; Keating, Sheila M.; Sabino, Ester Cerdeira; Mady, Charles

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento As características histopatológicas da doença de Chagas (DCC) são: presença de miocardite, destruição das fibras cardíacas e fibrose miocárdica. A Galectina-3 (Gal-3) é um biomarcador envolvido no mecanismo de fibrose e inflamação que pode ser útil para a estratificação de indivíduos com DCC por risco. Objetivos Nosso objetivo foi avaliar se níveis elevados de Gal-3 estão associados a formas graves de cardiomiopatia chagásica (CC) e são preditivos de mortalidade. Métodos Estudamos doadores de sangue (DS) positivos para anti-T. cruzi: não-CC-DS (187 DS sem CC com eletrocardiograma [ECG] e fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] normais); CC-Não-Dis-DS (46 DS com CC e apresentando ECG anormal, mas FEVE normal); e 153 controles negativos correspondentes. Esta amostra foi composta por 97 pacientes com CC grave (CC-Dis). Usamos as correlações de Kruskall-Wallis e Spearman para testar a hipótese de associações, assumindo um p bicaudal <0,05 como significativo. Resultados O nível de Gal-3 foi de 12,3 ng/mL para não-CC-DS, 12,0 ng/mL para CC-Não-Dis-DS, 13,8 ng/mL para controles e 15,4 ng/mL para CC-Dis. FEVE <50 foi associada a níveis mais elevados de Gal-3 (p=0,0001). Em nosso modelo de regressão linear ajustado, encontramos associação entre os níveis de Gal-3 e os parâmetros do ecocardiograma em indivíduos positivos para T. cruzi. Nos pacientes CC-Dis, encontramos uma associação significativa de níveis mais elevados de Gal-3 (≥15,3 ng/mL) e morte ou transplante cardíaco em acompanhamento de cinco anos (Hazard ratio – HR 3,11; IC95% 1,21– 8,04; p=0,019). Conclusões Em pacientes com CC, níveis mais elevados de Gal-3 estiveram significativamente associados a formas graves da doença e maior taxa de mortalidade em longo prazo, o que significa que pode ser um meio efetivo para identificar pacientes de alto risco. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):248-256)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background The histopathological characteristics of Chagas disease (ChD) are: presence of myocarditis, destruction of heart fibers, and myocardial fibrosis. Galectin-3 (Gal-3) is a biomarker involved in the mechanism of fibrosis and inflammation that may be useful for risk stratification of individuals with ChD. Objectives We sought to evaluate whether high Gal-3 levels are associated with severe forms of Chagas cardiomyopathy (CC) and whether they are predictive of mortality. Methods We studied anti-T. cruzi positive blood donors (BD): Non-CC-BD (187 BD without CC with normal electrocardiogram [ECG] and left ventricular ejection fraction [LVEF]); CC-Non-Dys-BD (46 BD with CC with abnormal ECG but normal LVEF); and 153 matched serum-negative controls. This cohort was composed of 97 patients with severe CC (CC-Dys). We used Kruskall-Wallis and Spearman’s correlation to test hypothesis of associations, assuming a two-tailed p<0.05 as significant. Results The Gal-3 level was 12.3 ng/mL for Non-CC-BD, 12.0 ng/mL for CC-Non-Dys-BD, 13.8 ng/mL for controls, and 15.4 ng/mL for CC-Dys. LVEF<50 was associated with higher Gal-3 levels (p=0.0001). In our linear regression adjusted model, we found association between Gal-3 levels and echocardiogram parameters in T. cruzi-seropositive subjects. In CC-Dys patients, we found a significant association of higher Gal-3 levels (≥15.3 ng/mL) and subsequent death or heart transplantation in a 5-year follow-up (Hazard ratio – HR 3.11; 95%CI 1.21–8.04; p=0.019). Conclusions In ChD patients, higher Gal-3 levels were significantly associated with severe forms of the disease and more long-term mortality, which means it may be a useful means to identify high-risk patients. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):248-256)
  • A Galectina-3 (Biomarcador de Fibrose Miocárdica) Prediz a Progressão na Doença de Chagas? Minieditorial

    Pedrosa, Roberto Coury
  • O Papel da Ecocardiografia sob Estresse na Detecção Precoce de Disfunção Diastólica em Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Não Grave Artigo Original

    Cherneva, Zheyna; Cherneva, Radostina

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A dispneia por esforço é uma queixa comum de pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A ICFEP é comum na DPOC e é um fator de risco independente para a progressão e exacerbação da doença. A detecção precoce, portanto, tem grande relevância clínica. Objetivos O objetivo deste estudo foi detectar a frequência de ICFEP mascarada em pacientes com DPOC não grave com dispneia aos esforços, sem doença cardiovascular manifesta, e analisar a correlação entre ICFEP mascarada e os parâmetros do teste cardiopulmonar de exercício (TCPE). Métodos Aplicamos o TCPE em 104 pacientes com DPOC não grave com dispneia aos esforços, sem doença cardiovascular evidente. A ecocardiografia foi realizada antes e no pico do TCPE. Os valores de corte para disfunção diastólica ventricular esquerda e direita induzida por estresse (DDVE/DDVD) foram E/e’ >15; E/e’ >6, respectivamente. A análise de correlação foi feita entre os parâmetros do TCPE e o estresse E/d’. Valor de p<0,05 foi considerado significativo. Resultados 64% dos pacientes tinham DDVE induzida por estresse; 78% tinham DDVD induzida por estresse. Ambos os grupos com estresse DDVE e DDVD obtiveram carga menor, V’O2 e pulso de O2 mais baixos, além de apresentarem redução na eficiência ventilatória (maiores inclinações de VE/VCO2). Nenhum dos parâmetros do TCPE foram correlacionados com E/e’ DDVE/DDVD induzida por estresse. Conclusão Há uma alta prevalência de disfunção diastólica induzida por estresse em pacientes com DPOC não grave com dispneia aos esforços, sem doença cardiovascular evidente. Nenhum dos parâmetros do TCPE se correlaciona com E/e’ induzida por estresse. Isso demanda a realização de Ecocardiografia sob estresse por exercício (EES) e TCPE para detecção precoce e manejo adequado da ICFEP mascarada nesta população. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):259-265)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Exertional dyspnea is a common complaint of patients with heart failure with preserved ejection fraction (HFpEF) and chronic obstructive pulmonary disease (COPD). HFpEF is common in COPD and is an independent risk factor for disease progression and exacerbation. Early detection, therefore, has great clinical relevance. Objectives The aim of the study is to detect the frequency of masked HFpEF in non-severe COPD patients with exertional dyspnea, free of overt cardiovascular disease, and to analyze the correlation between masked HFpEF and the cardiopulmonary exercise testing (CPET) parameters. Methods We applied the CPET in 104 non-severe COPD patients with exertional dyspnea, free of overt cardiovascular disease. Echocardiography was performed before and at peak CPET. Cut-off values for stress-induced left and right ventricular diastolic dysfunction (LVDD/ RVDD) were E/e’>15; E/e’>6, respectively. Correlation analysis was done between CPET parameters and stress E/e’. A p-value <0.05 was considered significant. Results 64% of the patients had stress-induced LVDD; 78% had stress-induced RVDD. Both groups with stress LVDD and RVDD achieved lower load, lower V’O2 and O2-pulse, besides showing reduced ventilatory efficiency (higher VE/VCO2 slopes). None of the CPET parameters were correlated to stress-induced left or right E/e’. Conclusion There is a high prevalence of stress-induced diastolic dysfunction in non-severe COPD patients with exertional dyspnea, free of overt cardiovascular disease. None of the CPET parameters correlates to stress-induced E/e’. This demands the performance of Exercise stress echocardiography (ESE) and CPET for the early detection and proper management of masked HFpEF in this population. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):259-265)
  • Aumento de Óbitos Domiciliares devido a Parada Cardiorrespiratória em Tempos de Pandemia de COVID-19 Artigo Original

    Guimarães, Nathalia Sernizon; Carvalho, Taciana Malheiros Lima; Machado-Pinto, Jackson; Lage, Roger; Bernardes, Renata Mascarenhas; Peres, Alex Sander Sena; Raposo, Mariana Amaral; Carvalhais, Ricardo Machado; Mancini, Renan Avelino; Shiomatsu, Gabriella Yuka; Oliveira, Bruna Carvalho; Rodrigues, Valéria de Melo; Melo, Maria do Carmo Barros de; Tupinambás, Unaí

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento As doenças cardiovasculares constituem um grupo importante de causas de morte no Brasil. As doenças isquêmicas do coração são as principais causas de parada cardiorrespiratória, levando a um impacto na mortalidade devido às doenças cardiovasculares no sistema de saúde. Objetivo Avaliar o número de óbitos domiciliares por parada cardiorrespiratória notificados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em março de 2018, 2019 e 2020. Métodos Trata-se de um estudo observacional realizado a partir da análise de dados de mortalidade por parada cardiorrespiratória de cidadãos atendidos pelo SAMU em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foram analisadas as características sociais e clínicas e as informações de ocorrência. Foi avaliada a taxa de mortalidade por parada cardiorrespiratória em relação ao número total de atendimentos. Foi considerado um nível de significância de 95%. Resultados Houve um aumento nos óbitos domiciliares por parada cardiorrespiratória em março de 2020, em comparação com março de 2018 (p < 0,001) e março de 2019 (p = 0,050). Dos óbitos relatados em 2020, 63,8% dos pacientes tinham 60 anos ou mais; 63,7% das ocorrências foram à tarde e aproximadamente 87% dos casos de parada cardiorrespiratória notificados apresentavam comorbidades clínicas, com hipertensão arterial sistêmicas e parada cardíaca correspondendo a 22,87% e 13,03% dos casos relatados, respectivamente. A maioria da amostra avaliada deste estudo não teve acompanhamento médico (88,7%). Conclusão Considerando o aumento do número de óbitos, sugerimos reflexões e reajustes quanto ao monitoramento das doenças crônicas não transmissíveis durante a pandemia, bem como melhorias na vigilância dos óbitos. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):266-271)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Cardiovascular diseases constitute an important group of causes of death in the country. Ischemic heart diseases that are the main causes of cardiopulmonary arrest, leading to an impact on the mortality of the cardiovascular diseases in the health system. Objective Assess the number of home deaths by cardiopulmonary arrest notified by the Mobile Emergency Medical Service (SAMU) in March 2018, 2019 and 2020. Methods Observational study carried out from the analysis of cardiopulmonary arrest mortality data of citizens assisted by SAMU in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Social and clinical characteristics and occurrence information of the patients were analyzed. The mortality rate due to cardiopulmonary arrest in relation to the total number of attendances was assessed. A significance level of 95% was considered. Results There was increase of home deaths due to cardiopulmonary arrest in March 2020 compared to March 2018 (p<0.001) and March 2019 (p=0.050). Of the deaths reported in 2020, 63.8% of the patients were aged 60 years or older, 63.7% of the occurrences were performed in the afternoon and approximately 87% of the cardiopulmonary arrest notified had associated clinical comorbidities, with systemic arterial hypertension and heart failure represented by 22.87% and 13.03% of the reported cases, respectively. The majority of the evaluated sample of this study did not have any medical care follow-up (88.7%). Conclusion Considering the increase in the number of the deaths, we suggest reflections and readjustments regarding the monitoring of chronic non-transmissible diseases during a pandemic, as well as improvements in death surveillance. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):266-271)
  • Parada Cardiorrespiratória Extra-Hospitalar durante a Pandemia da Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19) no Brasil: A Mortalidade Oculta Minieditorial

    Mesquita, Claudio Tinoco

    Resumo em Português:

    Resumo O mundo mudou em apenas alguns meses após o surgimento da doença do novo coronavírus 2019 (COVID-19), causada por um betacoronavírus denominado síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2). A COVID-19 foi declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020. O Brasil apresenta atualmente o segundo maior índice de mortalidade por COVID-19 do mundo, perdendo apenas para os EUA. A pandemia da COVID-19 está se espalhando rapidamente pelo mundo, com mais de 181 países afetados. O presente editorial se refere ao artigo publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia: “Aumento de óbitos domiciliares devido a parada cardiorrespiratória em tempos de pandemia de COVID-19”1 Seus principais resultados mostram um aumento gradual na taxa de paradas cardiorrespiratórias extra-hospitalares durante a pandemia da doença por coronavírus 2019 (COVID-19) na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Seus dados demonstram um aumento proporcional de 33% dos óbitos domiciliares em março de 2020 em relação aos períodos anteriores. O estudo é o primeiro artigo brasileiro a demonstrar a mesma tendência observada em outros países.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The world changed in just a few months after the emergence of the novel coronavirus disease 2019 (COVID-19), caused by a beta coronavirus named severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2). COVID-19 was declared a pandemic by the World Health Organization (WHO) on March 11, 2020. Brazil currently has the world’s second-highest COVID-19 death toll, second only to the USA. The COVID-19 pandemic is spreading fast in the world with more than 181 countries affected. This editorial refers to the article published in Arquivos Brasileiros de Cardiologia: “Increase in home deaths due to cardiorespiratory arrest in times of COVID-19 pandemic.”1 Their main results show a gradual increase in the rate of out-of-hospital cardiac arrest during the Coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Their data demonstrate a proportional increase of 33% of home deaths in March 2020 compared to previous periods. Their study is the first Brazilian paper to demonstrate the same trend observed in other countries.
  • COVID-19 e Injúria Miocárdica em UTI Brasileira: Alta Incidência e Maior Risco de Mortalidade Intra-Hospitalar Artigo Original

    Nascimento, Jorge Henrique Paiter; Costa, Rafael Lessa da; Simvoulidis, Luiz Fernando Nogueira; Pinho, João Carlos de; Pereira, Roberta Santos; Porto, Andrea Dornelles; Silva, Eduardo Costa de Freiras; Oliveira, Liszt Palmeira; Ramos, Max Rogerio Freitas; Oliveira, Gláucia Maria Moraes de

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamentos A incidência de injúria miocárdica (IM) em pacientes com COVID-19 no Brasil é pouco conhecida e o impacto prognóstico da IM, mal elucidado. Objetivos Descrever a incidência de IM em pacientes com COVID-19 em unidade de terapia intensiva (UTI) e identificar variáveis associadas à sua ocorrência. O objetivo secundário foi avaliar a troponina I ultrassensível (US) como preditor de mortalidade intra-hospitalar. Métodos Estudo observacional, retrospectivo, entre março e abril de 2020, com casos confirmados de COVID-19 internados em UTI. Variáveis numéricas foram comparadas com teste t de Student ou U de Mann-Whitney, sendo o teste X2 empregado para as categóricas. Realizou-se análise multivariada com as variáveis associadas à IM e p<0,2 objetivando determinar preditores de IM. Curva ROC foi empregada para determinar o valor da troponina capaz de predizer maior mortalidade intra-hospitalar. Funções de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier a partir do ponto de corte apontado pela curva ROC. Resultados Este estudo avaliou 61 pacientes (63,9% do sexo masculino, média de idade de 66,1±15,5 anos). A IM esteve presente em 36% dos casos. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) [RC 1,198; IC95%: 2,246-37,665] e índice de massa corporal (IMC) [RC 1,143; IC95%: 1,013-1,289] foram preditores independentes de risco. Troponina I US >48,3 ng/ml, valor determinado pela curva ROC, prediz maior mortalidade intra-hospitalar [AUC 0,786; p<0,05]. A sobrevida no grupo com troponina I US >48,3 ng/ml foi inferior à do grupo com valores ≤48,3 ng/dl [20,3 x 43,5 dias, respectivamente; p<0,05]. Conclusão Observou-se alta incidência de IM na COVID-19 grave com impacto em maior mortalidade intra-hospitalar. HAS e IMC foram preditores independentes de risco de sua ocorrência. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background The incidence of myocardial injury (MI) in patients with COVID-19 in Brazil and the prognostic impact of MI have not been elucidated. Objectives To describe the incidence of MI in patients with COVID-19 in the intensive care unit (ICU) and to identify variables associated with its occurrence. The secondary objective was to assess high-sensitivity troponin I as a predictor of in-hospital mortality. Methods Retrospective, observational study conducted between March and April 2020 with cases of confirmed COVID-19 admitted to the ICU. Numerical variables were compared by using Student t test or Mann-Whitney U test. The chi-square test was used for categorical variables. Multivariate analysis was performed with variables associated with MI and p<0.2 to determine predictors of MI. The ROC curve was used to determine the troponin value capable of predicting higher in-hospital mortality. Survival functions were estimated by use of the Kaplan-Meier method from the cut-off point indicated in the ROC curve. Results This study assessed 61 patients (63.9% of the male sex, mean age of 66.1±15.5 years). Myocardial injury was present in 36% of the patients. Systemic arterial hypertension (HAS) [OR 1.198; 95%CI: 2.246-37.665] and body mass index (BMI) [OR 1.143; 95%CI: 1.013-1.289] were independent risk predictors. High-sensitivity troponin I >48.3 ng/mL, which was determined in the ROC curve, predicts higher in-hospital mortality [AUC 0.786; p<0.05]. Survival in the group with high-sensitivity troponin I >48.3 ng/mL was lower than that in the group with values ≤48.3 ng/dL [20.3 x 43.5 days, respectively; p<0.05]. Conclusion There was a high incidence of MI in severe COVID-19 with impact on higher in-hospital mortality. The independent risk predictors of MI were SAH and BMI. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Associação de Injúria Miocárdica e Mortalidade em Pacientes Hospitalizados com COVID-19 Minieditorial

    Romano, Edson
  • Associação entre Terapia com Estatinas e Menor Incidência de Hiperglicemia em Pacientes Internados com Síndromes Coronarianas Agudas Artigo Original

    Furtado, Remo Holanda de Mendonça; Genestreti, Paulo Rizzo; Dalçóquio, Talia F.; Baracioli, Luciano Moreira; Lima, Felipe Galego; Franci, André; Giraldez, Roberto R. C. V.; Menezes, Fernando R.; Ferrari, Aline Gehlen; Lima, Viviane Moreira; Pereira, Cesar A. C.; Nakashima, Carlos Alberto Kenji; Salsoso, Rocio; Godoy, Lucas Colombo; Nicolau, José C.

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento O maior risco de se desenvolver diabetes com o uso de estatinas é um desafio para a segurança do uso dessa classe de medicamentos em longo prazo. No entanto, poucos estudos analisaram essa questão durante síndromes coronarianas agudas (SCA). Objetivos Investigar a associação entre início precoce da terapia com estatina e níveis de glicemia em pacientes admitidos com SCA. Métodos Este foi um estudo retrospectivo de pacientes hospitalizados por SCA. Pacientes que nunca haviam usado estatinas foram incluídos e divididos segundo uso ou não de estatina nas primeiras 24 horas de internação. O desfecho primário foi a incidência de hiperglicemia na internação (definida como pico de glicemia > 200mg/dL). Modelos de regressão logística e modelos lineares multivariados foram usados para ajuste quanto a fatores de confusão e um modelo de pareamento por escore de propensão foi desenvolvido para comparações entre os dois grupos de interesses. Um valor de p menor que 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados Um total de 2357 pacientes foram incluídos, 1704 deles alocados no grupo que receberam estatinas e 653 no grupo que não receberam estatinas nas primeiras 24 horas de internação. Após os ajustes, uso de estatina nas primeiras 24 horas foi associado com uma menor incidência de hiperglicemia durante a internação (OR ajustado = 0,61, IC95% 0,46-0,80; p < 0,001) e menor necessidade de uso de insulina (OR ajustado = 0,56, IC 95% 0,41-0,76; p < 0,001). Essas associações mantiveram-se similares nos modelos de pareamento por escore de propensão, bem como após análises de sensibilidade, como exclusão de pacientes que desenvolveram choque cardiogênico, infecção grave ou pacientes que foram a óbito durante a internação hospitalar. Conclusões Entre os pacientes internados com SCA que não receberam estatinas previamente, a terapia precoce com estatina associou-se independentemente com menor incidência de hiperglicemia durante a internação. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):285-294)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Increased risk of new-onset diabetes with statins challenges the long-term safety of this drug class. However, few reports have analyzed this issue during acute coronary syndromes (ACS). Objective To explore the association between early initiation of statin therapy and blood glucose levels in patients admitted with ACS. Methods This was a retrospective analysis of patients hospitalized with ACS. Statin-naïve patients were included and divided according to their use or not of statins within the first 24 hours of hospitalization. The primary endpoint was incidence of in-hospital hyperglycemia (defined as peak blood glucose > 200 mg/dL). Multivariable linear and logistic regression models were used to adjust for confounders, and a propensity-score matching model was developed to further compare both groups of interest. A p-value of less than 0.05 was considered statistically significant. Results A total of 2,357 patients were included, 1,704 of them allocated in the statin group and 653 in the non-statin group. After adjustments, statin use in the first 24 hours was associated with a lower incidence of in-hospital hyperglycemia (adjusted OR=0.61, 95% CI 0.46-0.80; p < 0.001) and lower need for insulin therapy (adjusted OR = 0.56, 95% CI 0.41-0.76; p < 0.001). These associations remained similar in the propensity-score matching models, as well as after several sensitivity analyses, such as after excluding patients who developed cardiogenic shock, severe infection or who died during index-hospitalization. Conclusions Among statin-naïve patients admitted with ACS, early statin therapy was independently associated with lower incidence of in-hospital hyperglycemia. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):285-294)
  • Avaliação de Padrões Pressóricos Dipper e Não-Dipper e Qualidade de Vida entre Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Artigo Original

    Askın, Meryem; Koc, Esra Meltem; Sozmen, Kaan; Turan, Muzaffer Onur; Soypacacı, Zeki; Aksun, Saliha

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento O padrão pressórico não-dipper é definido por uma redução inferior a 10% na pressão arterial noturna e está associado a doenças cardiovasculares. Acredita-se que a inflamação desempenhe um papel na patogênese da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e no padrão pressórico não-dipper e ambas as doenças estão associadas a uma qualidade de vida mais baixa. Objetivo O objetivo deste estudo foi o de investigar os efeitos do padrão pressórico não-dipper em pacientes com DPOC. Métodos Foi realizado um estudo transversal incluindo 142 pacientes com DPOC. O Questionário Respiratório de Saint George e a Escala de Qualidade de Vida Euro foram utilizados para a coleta de dados. Para entender a rigidez arterial, o índice de aumento e a velocidade da onda de pulso foram medidos; subsequentemente, foi realizada a monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas. Foi aplicado um modelo de regressão logística multivariável para entender a relação entre as diferentes variáveis independentes e o padrão pressórico. Foram considerados estatisticamente significativos valores de p inferiores a 0,05. Resultados Como resultado, 76,1% (n = 108) dos pacientes apresentaram o padrão pressórico não-dipper. Os pacientes com padrão não-dipper apresentaram valores mais altos de proteína C reativa (OR: 1,123; IC 95%: 1,016;1,242), índice de aumento (OR: 1,057; IC 95%: 1,011;1,105) e pontuação total no Questionário Respiratório de Saint George (OR: 1,021; IC 95%: 1,001;1,042), em comparação com os pacientes com padrão dipper. Adicionalmente, com o aumento do número de pessoas que habitavam o domicílio, verificou-se que o padrão pressórico não-dipper era mais frequente (OR: 1,339; IC 95%:1,009;1,777). Conclusão O padrão pressórico não-dipper pode aumentar o risco cardiovascular ao desencadear a inflamação e pode afetar adversamente o prognóstico da DPOC diminuindo a qualidade de vida relacionada à doença. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Non-dipper blood pressure is defined by less than a 10% reduction in nighttime blood pressure, and it is associated with cardiovascular disease. Inflammation is thought to play a role in the pathogenesis of both chronic obstructive pulmonary disease (COPD) and non-dipper blood pressure pattern, and both diseases are associated with lower quality of life. Objective The aim of this study was to investigate the effects of non-dipper blood pressure pattern in patients with COPD. Methods A cross-sectional study was carried out with 142 patients with COPD. The Saint George Respiratory Questionnaire and the Euro Quality of Life Scale were used to collect data. To understand arterial stiffness, the augmentation index and pulse wave velocity were measured, and 24-hour ambulatory blood pressure monitoring was subsequently performed. A multivariable logistic regression model was used to understand the relationship between different independent variables and blood pressure pattern. P values lower than 0.05 were considered statistically significant. Results As a result, 76.1% (n = 108) of the patients had non-dipper blood pressure pattern. Non-dipper patients had higher C-reactive protein (OR:1.123; 95% CI:1.016;1.242), augmentation index (OR: 1.057; 95% CI: 1.011;1.105) and Saint George Respiratory Questionnaire total score (OR: 1.021; 95% CI: 1.001;1.042) than dipper patients. Also, as the number of people living at home increased, non-dipper blood pressure pattern was found to be more frequent (OR: 1.339; 95% CI: 1.009;1.777). Conclusion Non-dipper blood pressure pattern may increase cardiovascular risk by triggering inflammation and may adversely affect the prognosis of COPD by lowering the disease-related quality of life. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Pressão Dipper ou não Dipper na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: Eis a Questão! Minieditorial

    Furlan, Sofia F.; Drager, Luciano F.
  • Uso Atual de Ressonância Magnética Cardíaca Pediátrica no Brasil Artigo Original

    Kozak, Marcelo Felipe; Afiune, Jorge Yussef; Grosse-Wortmann, Lars

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento Dados sobre o uso de ressonância magnética cardíaca (RMC) em crianças no Brasil são escassos. Objetivos Buscamos oferecer informações sobre as práticas atuais de RMC pediátricas no Brasil. Métodos Um questionário foi enviado a médicos solicitantes de RMC de todo o país, cobrindo informações sobre si próprios, sobre seus serviços de RMC, contexto clínico dos pacientes e sobre os obstáculos para a realização de RMC em crianças. Para a análise estatística, um p < 0,05 bilateral foi considerado significativo. Resultados A pesquisa obteve 142 respostas. Foi relatado que a RMC está disponível para 79% dos respondentes, dos quais 52% raramente ou nunca a utilizam. As indicações mais comuns são cardiomiopatias (84%), pós-operatório de correção de tetralogia de Fallot (81%) e malformações do arco aórtico (53%). A complexidade do exame se correlacionou à relação RMC/cirurgia (Rho = 0,48, IC 95% = 0,32-0,62, p < 0,0001) e ao número de exames de RMC (Rho = 0,52, IC 95% = 0,38-0,64, p < 0,0001). A complexidade da RMC esteve associada à sua realização por cardiologistas pediátricos (RC 2,04, IC 95% 1,2-3,89, p < 0,01). Os principais obstáculos ao uso mais frequente de RMC foram o alto custo (65%), a necessidade de sedação (60%) e o número insuficiente de profissionais qualificados (55%). Conclusão A RMC pediátrica não é usada frequentemente no Brasil. A presença de um cardiologista pediátrico a frente dos exames esteve associado ao uso de RMC em pacientes mais complexos. O treinamento de especialistas em RMC pediátrica e a educação dos médicos solicitantes são passos importantes na direção de um uso mais abrangente de RMC no Brasil. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):305-312)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Data on the use of cardiac magnetic resonance imaging (CMR) on children in Brazil is lacking. Objectives This study sought to provide information on current pediatric CMR practices in Brazil. Methods A questionnaire was sent out to referring physicians around the country. It covered information on the respondents, their CMR practices, the clinical context of the patients, and barriers to CMR use among children. For statistical analysis, two-sided p < 0.05 was considered significant. Results The survey received 142 replies. CMR was reported to be available to 79% of the respondents, of whom, 52% rarely or never use CMR. The most common indications were found to be cardiomyopathies (84%), status of post-tetralogy of Fallot repair (81%), and aortic arch malformations (53%). Exam complexity correlated with CMR-to-surgery ratio (Rho = 0.48, 95% CI = 0.32-0.62, p < 0.0001) and with the number of CMR exams (Rho = 0.52, 95% CI = 0.38-0.64, p < 0.0001). Further, a high CMR complexity score was associated with pediatric cardiologists conducting the exams (OR 2.14, 95% CI 1.2-3.89, p < 0.01). The main barriers to a more frequent use of CMR were its high cost (65%), the need for sedation (60%), and an insufficient number of qualified professionals (55%). Conclusion Pediatric CMR is not used frequently in Brazil. The presence of a pediatric cardiologist who can perform CMR exams is associated with CMR use on more complex patients. Training pediatric CMR specialists and educating referring providers are important steps toward a broader use of CMR in Brazil. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):305-312)
  • Imagem Cardiovascular em Cardiopatias Congênitas: Por que não Alavancar Novas Modalidades de Imagem? Minieditorial

    Guerra, Vitor
  • Os Efeitos da Doxorrubicina na Biossíntese e no Metabolismo do Heme em Cardiomiócitos Artigo Original

    Wang, Zuoyan; Gao, Junyi; Teng, Haobo; Peng, Jianjun

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamento A doxorrubicina está associada à cardiotoxicidade e à morbidade cardíaca tardia. O heme está relacionado ao stress oxidativo celular. Entretanto, sua regulação específica em cardiomiócitos sob os efeitos de doxorrubicina ainda não foi documentada. Objetivo Nosso objetivo é avaliar as alterações de enzimas limitantes de velocidade no caminho metabólico do heme sob o efeito de doxorrubicina. Métodos Cardiomiócitos H9c2 com doxorrubicina em concentrações diferentes (1, 2, 5, 10μM respectivamente). Os testes de PCR em tempo real e Western Blot foram usados para determinar a expressão de proteína e mRNA para quatro enzimas cruciais (ALAS1, ALAS2, HOX-1, e HOX-2) que regulam o metabolismo do heme celular, e os níveis de heme foram detectados por ELISA. Um p<0,01 foi considerado significativo. Resultados Observamos um padrão com alteração dependendo da dose nos níveis de heme nas células H9c2 com o nível mais alto na concentração de 5μM de doxorrubicina, o que ocorreu sincronicamente com o nível mais alto de regulação para cima de ALAS1, bem como as enzimas degenerativas HOX-1 e HOX-2 na expressão de proteína e mRNA. Em contraste, observamos que a ALAS2 foi regulada para baixo gradualmente, inversamente proporcional às concentrações de doxorrubicina. Conclusão O aumento da expressão de ALAS1 pode ter um papel na elevação do nível do heme quando o cardiomiócito H9c2 for exposto à doxorrubicina, e pode ser um alvo terapêutico para a toxicidade miocárdica induzida por doxorrubicina. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):315-322)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Doxorubicin is associated with cardiotoxicity and late cardiac morbidity. Heme is related to cellular oxidative stress. However, its specific regulation in cardiomyocytes under doxorubicin effects has not yet been documented. Objective This study seeks to evaluate the changing profiles of rate-limiting enzymes in the heme metabolism pathway under the effect of doxorubicin. Methods H9c2 cardiomyocytes were incubated with doxorubicin at different concentrations (1,2,5,10μM respectively). The real-time PCR and Western Blot were used to determine the mRNA and protein expression for four pivotal enzymes (ALAS1, ALAS2, HOX-1, and HOX-2) regulating cellular heme metabolism, as well as the levels of heme were detected by ELISA. p<0.01 was considered significant. Results This study observed a dose-dependent changing pattern in heme levels in H9c2 cells with the highest level at the 5μM concentration for doxorubicin, which occurred synchronously with the highest upregulation level of ALAS1, as well as the degradative enzymes, HOX-1, and HOX-2 in mRNA and protein expression. By contrast, ALAS2, contrary to the increasing concentrations of doxorubicin, was found to be progressively down-regulated. Conclusion The increase in ALAS1 expression may play a potential role in the heme level elevation when H9c2 cardiomyocyte was exposed to doxorubicin and may be a potential therapeutic target for doxorubicin-induced myocardial toxicity. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(2):315-322)
  • Influência do Tratamento com Doxorrubicina no Metabolismo da Heme em Cardiomioblastos: Estudo In Vitro Minieditorial

    Gatto, Mariana; Mota, Gustavo Augusto Ferreira
  • Valor do Diâmetro do Átrio Esquerdo com Escore CHA2DS2-Vasc na Predição da Trombose Atrial Esquerda/Trombose de Apêndice Atrial Esquerdo na Fibrilação Atrial Não Valvar Artigo Original

    Zhang, Yu; Yuan, Yi-Qiang

    Resumo em Português:

    Resumo Fundamentos A fibrilação atrial é a arritmia persistente mais comum e é o principal fator que leva ao tromboembolismo. Objetivo Investigar o valor do diâmetro do átrio esquerdo combinado com o escore CHA2DS2-VASc na predição da trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo na fibrilação atrial não valvar. Métodos Trata-se de estudo retrospectivo. 238 pacientes com fibrilação atrial não valvar foram selecionados e divididos em dois grupos: trombose e não trombose. Determinou-se o escore CHA2DS2-VASc. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados A análise de regressão logística multivariada revelou que histórico de acidente vascular cerebral/ataque isquêmico transitório, doença vascular, escore CHA2DS2-VASc, DAE, DDFVE e FEVE foram fatores de risco independentes para trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo (p<0,05). A análise da curva ROC ( Receiver Operating Characteristic ) revelou que a área sob a curva para o escore CHA2DS2-VASc na predição de trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo foi de 0,593 quando o escore CHA2DS2-VASc foi ≥3 pontos, e a sensibilidade e especificidade foram 86,5% e 32,6%, respectivamente, enquanto a área sob a curva para o DAE na predição de trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo foi 0,786 quando o DAE foi ≥44,17 mm, e a sensibilidade e especificidade foram 89,6% e 60,9%, respectivamente. Entre os diferentes grupos CHA2DS2-VASc, a taxa de incidência de trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo em pacientes com DAE ≥44,17 mm foi maior do que em pacientes com DAE <44,17 mm (p <0,05). Conclusão O escore CHA2DS2-VASc e o DAE estão correlacionados com a trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo na fibrilação atrial não valvar. Para pacientes com escore CHA2DS2-VASc de 0 ou 1, quando o DAE é ≥44,17 mm, o risco de trombose atrial esquerda/trombose de apêndice atrial esquerdo permaneceu alto. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background Atrial fibrillation is the most common persistent arrhythmia, and is the main factor that leads to thromboembolism. Objective To investigate the value of left atrial diameter combined with CHA2DS2-VASc score in predicting left atrial/left atrial appendage thrombosis in non-valvular atrial fibrillation. Methods This is a retrospective study. 238 patients with non-valvular atrial fibrillation were selected and divided into two groups: thrombosis and non-thrombosis. CHA2DS2-VASc score was determined. P<0.05 was considered statistically significant. Results Multivariate logistic regression analysis revealed that the history of stroke/transient ischemic attack, vascular disease, CHA2DS2-VASc score, left atrial diameter (LAD), left ventricular end-diastolic dimension (LVEDD) and left ventricular ejection fraction (LVEF) were independent risk factors for left atrial/left atrial appendage thrombosis (p<0.05). Receiver operating characteristic curve analysis revealed that the area under the curve for the CHA2DS2-VASc score in predicting left atrial/left atrial appendage thrombosis was 0.593 when the CHA2DS2-VASc score was ≥3 points, and sensitivity and specificity were 86.5% and 32.6%, respectively, while the area under the curve for LAD in predicting left atrial/left atrial appendage thrombosis was 0.786 when LAD was ≥44.17 mm, and sensitivity and specificity were 89.6% and 60.9%, respectively. Among the different CHA2DS2-VASc groups, the incidence rate of left atrial/left atrial appendage thrombosis in patients with LAD ≥44.17 mm was higher than patients with LAD <44.17 mm (p<0.05). Conclusion CHA2DS2-VASc score and LAD are correlated with left atrial/left atrial appendage thrombosis in non-valvular atrial fibrillation. For patients with a CHA2DS2-VASc score of 0 or 1, when LAD is ≥44.17 mm, the risk for left atrial/left atrial appendage thrombosis remained high. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
  • Além do Escore CHA2DS2-VASc para Predizer o Risco de Tromboembolismo e Acidente Vascular Cerebral - Não é tão Simples! Minieditorial

    Machline-Carrion, M. Julia
  • Fibrilação Atrial (Parte 2) – Ablação por Cateter Artigo De Revisão

    Saad, Eduardo B.; d’Avila, Andre

    Resumo em Português:

    Resumo Após mais de 20 anos desde sua utilização inicial, a ablação por cateter se tornou um procedimento rotineiramente realizado para tratamento de pacientes com fibrilação atrial (FA). Fundamentado inicialmente no isolamento elétrico das veias pulmonares em pacientes com FA paroxística, subsequentes avanços no entendimento da fisiopatologia levaram a técnicas adicionais não só para obter melhores resultados, mas também para tratar pacientes com formas persistentes de arritmia, assim como pacientes com cardiopatia estrutural e insuficiência cardíaca.

    Resumo em Inglês:

    Abstract More than 20 years since its initial use, catheter ablation has become a routinely performed procedure for the treatment of patients with atrial fibrillation (AF). Initially based on the electrical isolation of pulmonary veins in patients with paroxysmal AF, subsequent advances in the understanding of pathophysiology led to additional techniques not only to achieve better results, but also to treat patients with persistent forms of arrhythmia, as well as patients with structural heart disease and heart failure.
  • Transplante Cardiopulmonar: Quando Indicar? Carta Científica

    Fernandes, Paulo Manuel Pêgo; Faria, Gabriela Favaro; Reis, Flávio Pola dos; Abdalla, Luís Gustavo; Afonso Junior, José Eduardo; Bacal, Fernando
  • Por que não Pensar na Estimulação Cerebral Não-Invasiva para Controlar a Pressão Arterial? Carta Científica

    Arêas, Fernando Zanela da Silva; Arêas, Guilherme Peixoto Tinoco
  • Corrente de Sobrevivência à COVID-19 Carta Científica

    Timerman, Sergio; Guimarães, Helio Penna; Rochitte, Carlos Eduardo; Polastri, Thatiane Facholi; Lopes, Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga
  • Tópicos Emergentes em Insuficiência Cardíaca: Inibidores do Cotransportador Sódio-Glicose 2 (iSGLT2) na IC Carta Científica

    Bocchi, Edimar Alcides; Biolo, Andréa; Moura, Lidia Zytynski; Figueiredo Neto, José Albuquerque; Montenegro, Carlos Eduardo Lucena; Albuquerque, Denilson Campos de
  • Os Desafios da Insuficiência Cardíaca Ontem, Hoje e Amanhã, e os 20 Anos do DEIC Carta Científica

    Mesquita, Evandro Tinoco; Mendes, Ana Paula; Moura, Lidia; Figueiredo Neto, José Albuquerque de; Marcondes-Braga, Fabiana G.; Bacal, Fernando; Moreira, Maria da Consolação Vieira; Clausell, Nadine Oliveira
  • Correlação Angiotomográfica-Eletrocardiográfica na Síndrome de Wellens Imagem

    Fonseca, Eduardo Kaiser Ururahy Nunes; Heringer Filho, Nevelton; Montemor, Marcelo L.; Ávila, Luiz Francisco Rodrigues de; Rochitte, Carlos Eduardo
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC Avenida Marechal Câmara, 160, sala: 330, Centro, CEP: 20020-907, (21) 3478-2700 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil, Fax: +55 21 3478-2770 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@cardiol.br