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INVASÃO ANGIOLINFÁTICA NO TUMOR PRIMÁRIO COMPROMETE A SOBREVIDA APÓS RESSECÇÃO DE METÁSTASES HEPÁTICAS COLORRETAIS?

RESUMO

Racional:

Cerca de metade dos pacientes com adenocarcinoma colorretal apresentará metástases hepáticas. Apesar da superioridade do tratamento cirúrgico, os pacientes com elas compõem um grupo muito heterogêneo.

Objetivo:

Descrever o impacto de fatores relacionados ao tumor primário e ao secundário na sobrevida após ressecção de metástases hepáticas colorretais.

Métodos:

Análise retrospectiva de base de dados mantida prospectivamente de pacientes operados.

Resultados:

Foram realizadas 84 hepatectomias para ressecção de metástases hepáticas de adenocarcinoma colorretal em 73 pacientes no período. A sobrevida global e livre de doença em cinco anos foram de 48,8 e 27,5%, respectivamente. Os principais preditores de sobrevida foram grau de diferenciação (p=0,050) e invasão angiolinfática (p=0,021) do tumor primário, metástases sincrônicas (p=0,020), número (p=0,004), distribuição bilobar (p=0,019) e diâmetro máximo maior que 50 mm (p=0,027) dos nódulos hepáticos. Foram significativos a presença de invasão angiolinfática (HR=2,7; IC 95% 1,106-6,768; p=0,029), metástases sincrônicas (HR=2,8; IC 95% 1,069-7,365; p=0,036) e número de nódulos hepáticos igual ou superior a quatro (HR=1,7; IC 95% 1,046-2,967; p=0,033).

Conclusão:

A ressecção de metástases hepáticas de adenocarcinoma colorretal proporciona melhora da sobrevida e os principais fatores prognósticos foram a invasão angiolinfática no tumor primário, metástases sincrônicas e quatro ou mais nódulos hepáticos.

DESCRITORES:
Neoplasias colorretais; Metástase neoplásica; Prognóstico; Análise de sobrevida

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