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Morbimortalidade do tratamento cirúrgico dos tumores do pâncreas

RACIONAL:

O câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade por conta do diagnóstico tardio e comportamento agressivo. O prognóstico é reservado com sobrevida de cinco anos em menos de 5% dos casos.

OBJETIVO:

Analisar as características demográficas, as comorbidades, o tipo de procedimento e as intercorrências pós-operatórias precoces dos pacientes de câncer de pâncreas submetidos ao tratamento cirúrgico.

MÉTODOS:

Estudo transversal, que analisou 28 prontuários de pacientes portadores de tumores malignos do pâncreas, no período de 62 meses. A coleta de dados foi realizada a partir dos prontuários médicos do hospital.

RESULTADOS:

Do total de participantes 53,6% eram do sexo masculino. A média de idade foi de 60,25 anos. Em relação ao procedimento, 53,6% foram submetidos à duodenopancreactectomia e o restante à derivação biliodigestiva ou pancreatectomia corpo-caudal. O adenocarcinoma ductal ocorreu em 82,1% e 92,9% dos tumores estavam localizados na cabeça do pâncreas. As complicações pós-operatórias precoces ocorreram em 64,3%, e a mais prevalente foi abscesso intra-abdominal (32,1%). Entre as duodenopancreatectomias, 77,8% apresentaram complicações pós-operatórias precoces.

CONCLUSÃO:

Há necessidade de se incentivar a detecção precoce dos tumores de pâncreas para que se consiga realizar mais operações com intenção curativa. Também, é necessário o aprimoramento das técnicas operatórias e das equipes cirúrgicas para que as complicações pós-operatórias e a morbimortalidade operatória diminuam ao longo do tempo.

Neoplasias pancreáticas; Complicacões pós-operatórias; Duodenopancreactectomia


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