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Disfagia após fundoplicatura anti-refluxo: avaliação endoscópica, radiológica e manométrica

RACIONAL:

A disfagia transitória após fundoplicatura é comum e na maioria das vezes desaparece até seis semanas após a operação.

OBJETIVO:

Analisar um grupo de pacientes que apresentaram disfagia tardia e persistente no pós-operatório.

MÉTODOS:

Quarenta e um pacientes após fundoplicatura Nissen, 14 homens e 27 mulheres, com idade média de 48 anos, foram avaliados com base na história clínica, endoscopia digestiva alta, contraste exame radiográfico e manometria esofágica. Os resultados foram comparados com outros 19 indivíduos assintomáticos.

RESULTADOS:

O exame radiográfico contrastado do esôfago revelou em seis casos atraso no esvaziamento, caracterizando que quatro tinham acalásia e dois espasmo difuso do esôfago. A manometria esofágica mostrou que a pressão expiratória máxima do esfíncter inferior variou de 10-38 mmHg e a pressão média respiratória 14-47 mmHg, valores semelhantes aos controles. A pressão residual variou de 5-31 mmHg, e 17 pacientes tinham os mesmos valores que o grupo controle.

CONCLUSÃO:

A pressão residual do esfíncter inferior foi maior e estatisticamente significativa em pacientes com disfagia comparados com aqueles operados sem. Estudos futuros individualizando e categorizando cada distúrbio de motilidade, empregando outras técnicas de manometria, e a análise da pressão residual podem contribuir para a compreensão da disfagia persistente no pós-operatório de fundoplicatura.

Disfagia; Fundoplicatura; Videolaparoscopia; Manometria


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