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Atividade in vitro de cinco drogas antimicrobianas contra Neisseria gonorrhoeae

FUNDAMENTOS: A utilização de antimicrobianos no tratamento da gonorréia iniciou-se em 1930 com a utilização das sulfonamidas. No decorrer dos anos outras drogas passaram a ser utilizadas em seu tratamento, como a penicilina, a espectinomicina, as tetraciclinas e outras. Embora altamente eficazes no início, essas drogas, ao longo do tempo, passaram a não mais apresentar o resultado terapêutico esperado em virtude do aparecimento de quadros de resistência cromossômica e plasmidial. Assim sendo, para se estabelecer um programa de combate e controle de determinada morbidade bacteriana, é necessária a realização de um programa de vigilância epidemiológica estadiando o comportamento de sensibilidade dos agentes etiológicos aos diferentes agentes terapêuticos. OBJETIVOS E MÉTODOS: Este trabalho teve por objetivo avaliar a sensibilidade das cepas de Neisseria gonorrhoeae às cinco drogas mais utilizadas no tratamento da gonorréia no Brasil (penicilina; cefoxitina; tetraciclina; tianfenicol e espectinomicina), através da concentração inibitória mínima. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Concluímos que drogas como a cefoxitina, o tianfenicol e a espectinomicina ainda constituem excelentes fármacos para o tratamento da gonorréia. A penicilina, embora ainda eficaz, enseja maiores cuidados na sua utilização, frente ao surgimento de cepas resistentes, e a tetraciclina deve ser sobremaneira contra-indicada no tratamento da gonorréia.

gonorréia; neisseria gonorrhoeae; resistência a drogas; testes de sensibilidade microbiana


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