Em um hospital público em Lima, Peru, 24 pacientes com 16 tipos de dermatoses paraneoplásicas foram identificados por meio de coleta de dados. A dermatose mais frequente foi dermatomiosite (quatro pacientes). As outras dermatoses foram acantose maligna, queratodermia palmoplantar, dermatoses bolhosas, papulose linfomatóide, cicatriz edematosa, paniculite e vasculite, escabiose norueguesa, amiloidose sistêmica primária, eritema necrolítico migratório, dermatite infecciosa, paniculite pancreática, prurido generalizado, sinal de Leser-Trelat e ictiose adquirida. Grande parte dessas dermatoses foi diagnosticada antes (45,8%) ou no momento (38,5%) do diagnóstico do tumor subjacente. Os tumores malignos mais frequentes foram linfoma, adenocarcinomas do trato digestivo superior e neoplasias malignas do pâncreas. A idade média dos pacientes foi de 47.0 ± 16.9 anos e a duração da doença desde o diagnóstico foi de 13,7 meses. A taxa de mortalidade foi de 75%. Dermatoses paraneoplásicas são condições dermatológicas raras de difícil diagnóstico. O controle também é prejudicado quando pacientes não têm acesso fácil à centros de saúde por questões financeiras ou geográficas. No entanto, quando identificadas, elas podem facilitar o diagnóstico precoce de um tumor associado e contribuir para um aumento do controle dos pacientes.
Dermatomiosite; Linfoma; Síndromes paraneoplásicas