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Perfil epidemiológico de infectados pelo vírus HIV com dermatoses em Natal/RN

FUNDAMENTOS: Não há registro de dermatoses em infectados pelo vírus HIV no Rio Grande do Norte, embora haja 899 casos acumulados de AIDS em adultos entre janeiro de 1983 e agosto de 2000 e coeficientes de mortalidade por cem mil habitantes de 3,80 e 2,47, nos anos de 1995 e 1997, respectivamente, coincidindo essa diferença de valores, com o uso de antiretrovirais. OBJETIVOS: Descrever as características epidemiológicas de infectados, a freqüência de dermatoses e suas gravidades em usuários e não usuários de antiretrovirais. MÉTODOS: Foram incluídos 172 pacientes conforme a classificação do CDC/1992; descrevendo-se o uso de antiretrovirais e dermatoses neles presentes. RESULTADOS: A amostra teve 83,72% de homens, com média de idade de 37,17 anos, contaminados por via sexual (96,5%), heterossexuais predominantes (54,7%). As doenças cutâneas mais freqüentes foram as virais, fúngicas e miscelânia. O percentual médio da pele atingida pelas dermatoses foi 12,5%. A média da carga viral foi 109.114,05 cps/ml, e a de linfócitos T CD4+ foi 383,15 céls/mm³, estando 81,4% destes, em uso de antiretrovirais. CONCLUSÕES: O perfil epidemiológico dos infectados pelo vírus HIV no RN não difere das outras regiões brasileiras. Estudos analíticos que minimizem bias de confusão são necessários para aferir o grau de interferência do uso de antiretrovirais nesses indivíduos.

dermatopatias; epidemiologia; síndrome de imunodeficiência adquirida


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