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Barreira cutânea na dermatite atópica

O estudo da barreira cutânea e de suas propriedades ganhou impulso a partir da década de 60, com estudos que apontaram sua resistência de forma isolada e suas propriedades com relação à permeação cutânea. Paralelamente, a descrição dos corpos de Odland auxiliou a compreensão da manutenção da estabilidade da camada córnea. O modelo brick & mortar, em que os corneócitos são os tijolos e o cimento são os lipídeos intercelulares, é o mais aceito, até o momento. Atualmente, há evidências consistentes de que o estrato córneo é uma estrutura metabolicamente ativa e exerce funções adaptativas. A barreira cutânea também tem um papel na resposta inflamatória, com ativação de melanócitos, angiogênese e fibroplasia, cuja intensidade depende, basicamente, da intensidade da agressão. As anormalidades da barreira cutânea da dermatite atópica são clinicamente observáveis pela presença de pele seca, achado muito frequente e significativo, que constitui parâmetro iagnóstico e de acompanhamento. O grau de hidratação da camada córnea, assim como a perda de água transepidérmica (transepidermal water loss - TEWL), estão relacionados com o grau de dano à barreira, constituindo parâmetros biofísicos que permitem acompanhar os pacientes de maneira não invasiva e com maior grau de sensibilidade.

Dermatite atópica; Queratinócitos; Perda insensível de água


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