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Atividade colinesterásica em tireóide de ratos: resposta a uma sobrecarga de iodo

A utilização do iodo antes de cirurgias de tireóide visa a redução do fluxo sangüíneo para a glândula e melhora da hemostasia. Para tentar elucidar o mecanismo pelo qual a vasoconstricção se instala, foi determinada a atividade colinesterásica em tireóides de ratos Wistar machos (240-250g de peso corporal), submetidos a uma sobrecarga oral de iodo pela oferta de solução aquosa de iodato de potássio (KIO3 3mig/ml) como água de beber, por 3 e 7 dias; o grupo controle recebeu água durante o mesmo período. Ao final do tratamento os animais foram sacrificados e suas tireóides retiradas, limpas e pesadas; o rim direito e o lobo direito do fígado foram usados como controles da atividade colinesterásica. Foram preparados homogeneizados em tampão fosfato (pH=8,0), contendo 0,32M de sacarose, na concentração de 40mg de tecido/ml. Os ratos que receberam KIO3 por 7 dias tiveram diminuição no peso da tireóide quando comparados aos controles (p<0,05), o mesmo não acontecendo aos 3 dias de tratamento. Aos 3 dias de tratamento, a atividade colinesterásica tireóidea foi de 5,38±0,36 nmol/min.mg para o grupo controle (n=12) e de 5,43±0,98 nmol/min.mg para o grupo tratado (n=11) (NS); valores bastante similares foram também encontrados com o tratamento de 7 dias (controles: 5,42±0,27 nmol/min.mg (n=8) e tratados: 5,63±0,88 nmol/min.mg (n=8); NS). Nossos resultados sugerem que, a despeito da vasoconstricção, não há alteração da atividade colinesterásica na tireóide em resposta a sobrecarga oral de iodo.

Tireóide; Atividade colinesterásica; lodo; Excesso de iodo


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