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Rastreamento prévio com 5mCi não causa interferência quando a dose ablativa é administrada dentro de 72 horas

OBJETIVO: Determinar a interferência de uma dose traçadora de 5mCi de 131I. PACIENTES E MÉTODO: Nós analisamos retrospectivamente 145 pacientes que receberam o primeiro tratamento ablativo em nosso serviço. Eles foram divididos de acordo com o estadio da doença determinado pelo rastreamento pós-terapêutico (101 pacientes com remanescentes tireoidianos e 44 com metástases pulmonares) e scanning de corpo inteiro antes da ablação (realizada em 69 indivíduos). Todos os pacientes com remanescentes tireoidianos foram tratados com uma dose ablativa de 100mCi e aqueles com metástases receberam 200mCi. RESULTADOS: Nos pacientes com remanescentes apenas (n= 41) ou metastases (n= 28) submetidos ao scanning diagnóstico, a captação encontrava-se aparentemente aumentada na maioria dos patientscasos (71 e 73%, respectivamente) 7 dias após a terapia, enquanto captação reduzida (visual) não foi observada em nenhum paciente. A eficácia da ablação foi similar nos grupos submetidos ou não ao rastreamento diagnóstico: 71 e 80% em pacientes sem metástases (p= 0,28), respectivamente, e 43 e 50% naqueles com envolvimento pulmonar (p= 0,64). CONCLUSÃO: Esses resultados indicam que o rastreamento diagnóstico usando uma dose de 5mCi de 131I não interefere com a captação da dose ablativa ou com a eficácia do tratamento quando a ablação é realizada dentro de 72h.

Rastreamento; Interferência; Carcinoma de tireóide


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