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Adiposidade em pacientes tratados por câncer na infância: entendendo a fisiopatologia da obesidade

Os avanços do tratamento contra o câncer infantil têm resultado no aumento da sobrevida e das complicações, à medida que os pacientes atingem a maioridade. A obesidade é um evento reconhecido, e seus efeitos metabólicos levam à doença cardiovascular. Atualmente, o estudo da obesidade tem enfocado a leucemia linfocítica aguda e os tumores cerebrais, já que ambos têm risco para lesões hipotalâmicas, secundárias às terapias (irradiação cranial, quimioterapia, e cirurgia) ou à localização do tumor. Obesidade e câncer têm em comum fatores para síndrome metabólica. Entretanto, a relação de causa e efeito entre obesidade e câncer permanece controversa, sendo que são considerados outros mecanismos envolvendo o tecido adiposo e lesões hipotalâmicas, como o rebote precoce de adiposidade, hiperinsulinemia, regulação da leptina, e o papel do receptor ativado por proliferadores de peroxissoma γ. Concluindo, mais estudos são necessários para entender a relação entre adipogênese e descontrole hipotalâmico em sobreviventes de câncer.

Adiposidade; leucemia-linfoma linfoblástico de células precursoras; neoplasias encefálicas; radioterapia; quimioterapia; leptina


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