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Uma avaliação internacional do rastreio e manejo do hipotireoidismo durante a gestação na América Latina

Objetivo

Determinar, na América Latina, como os endocrinologistas lidam com cenários clínicos relacionados ao hipotireoidismo durante a gravidez.

Materiais e métodos

Em Janeiro de 2013, foi enviado, para 856 membros da Sociedade Latino-Americana de Tireoide (LATS), um questionário eletrônico sobre práticas relacionadas ao manejo do hipotireoidismo durante a gestação. Subsequentemente, as respostas foram analisadas.

Resultados

Duzentos e noventa e três médicos, de 13 países, responderam ao questionário. Todos estavam diretamente envolvidos no manejo de hipotireoidismo materno e 90,7% eram endocrinologistas. As recomendações de iniciar terapia com levotiroxina para uma mulher com hipotireoidismo franco durante a gravidez e o manejo na fase de pré-concepção de pacientes eutireoidianas com conhecida autoimunidade em hiperestimulação ovariana variaram amplamente. Para mulheres com hipotireoidismo conhecido, apenas 34,6% dos respondedores aumentariam a dose de levotiroxina em 30-50% assim que a gravidez fosse confirmada. Em relação ao rastreamento, 42,7% dos respondedores realizam avaliação universal. Setenta por cento recomendam TSH < 2,5 mUI/L no primeiro trimestre e TSH < 3 mUI/L no terceiro trimestre como alvos.

Conclusão

Observamos problemas no diagnóstico e manejo do hipotireoidismo durante a gestação, enfatizando a necessidade, na América Latina, de melhoria na educação médica continuada em áreas como tireoiodopatias na gestação. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58(9):906-11

Hipotireoidismo; tireoide; gestação


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