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Presença de dermatófitos em pets infectados e em seu ambiente domiciliar

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi diagnosticar dermatofitose em pets e pesquisar dermatófitos em seu ambiente domiciliar. Colheram-se amostras de 70 pets, 47 cães, 19 gatos, três cobaias e um coelho. Visitaram-se 26 residências dos animais positivos em cultura micológica para a doença, colhendo-se 188 amostras do ambiente: 78 de locais de uso predominante dos tutores, 66 de uso dos animais e 44 de pisos; também foram colhidas 24 amostras de animais contactantes. As amostras clínicas foram semeadas em ágar Mycosel, incubadas a 25°C, e as colônias identificadas por suas características macro e microscópicas. Dermatófitos foram isolados em 37,1% dos animais suspeitos. Microsporum canis foi o mais frequente, sendo isolado de 12 cães e oito gatos, Trichophyton quinckeanum de três cobaias, Microsporum gypseum de dois cães e Trichophyton mentagrophytes de um gato. Foram encontrados dermatófitos em 69,2% das casas pesquisadas, isolando-se esses fungos em 29,5% dos locais/objetos de uso predominante dos tutores, 42,4% de uso predominante dos animais, 31,8% de pisos e 50% dos animais contactantes. O encontro de dermatófitos nos animais e em superfícies inanimadas nas residências confirma a possibilidade de transmissão de dermatofitose por contato direto e indireto e sua importância em saúde pública.

Palavras-chave:
saúde pública; zoonoses; ambiente domiciliar; pets; dermatófitos

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