RESUMO
O presente estudo teve por objetivo identificar e quantificar as afecções odontológicas de equinos da raça Crioula criados exclusivamente em regime extensivo. No total, foram avaliados 254 cavalos Crioulos, criados em pastagens nativas com predominância de Eragrostis plana (capim-annoni). Os animais foram divididos em três grupos, de acordo com a idade: de três a cinco anos (G1), seis a 12 anos (G2 ) e 13 a 26 anos (G3). No total, 46,1% dos animais do G1, 63,8% do G2 e 82,3% do G3 apresentaram dois ou mais transtornos incisivos; 37,5% do G1, 52,5% do G2 e 45,5% do G3 tiveram duas ou mais alterações nos caninos; 28,9% do G1, 35,4% do G2 e 64,7% do G3 mostraram quatro ou mais distúrbios no segundo, terceiro e quarto pré-molares e molares. Contudo, cálculo dentário foi observado em 90,5% dos animais do G2, enquanto no G3, a taxa de ocorrência de pontas excessivas de esmalte dentário e cálculo foi de 82,4%. Concluiu-se que, apesar de todos os equinos estudados serem mantidos em sistema extensivo, as afecções dentárias mostraram-se muito comuns na raça Crioula sob estas condições de manejo.
Palavras-chave:
equinos e raça Crioula; afecções odontológicas