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Reação astrocítica na meningoencefalomielite granulomatosa canina

A meningoencefalomielite granulomatosa (MEG) ocorre em cães de todas as raças, em qualquer idade e já foi descrita em vários países. Sua etiologia não é definida, mas sugere-se que uma reação de hipersensibilidade retardada esteja envolvida. Nas lesões há ocorrência de profuso infiltrado de células B e T, além de macrófagos. No presente estudo verificou-se, com técnicas de imunoistoquímica, a distribuição e a morfologia de astrócitos imunorreativos à proteína glial fibrilar ácida no encéfalo de cães acometidos por MEG e também as proporções de células imunorreativas a IgG, IgM e CD3. Foram utilizados seis cães, três machos e três fêmeas, com idade entre dois e seis anos. Observou-se acentuada astrocitose principalmente ao redor das lesões, com aumento da área do corpo celular e da área nuclear em 302,6% e 88,9%, respectivamente. Os processos citoplasmáticos dos astrócitos tornaram-se mais evidentes, aparecendo, às vezes, como fragmentos no neurópilo. Do total de células inflamatórias infiltradas, 37,9% eram IgG positivas, 23,5% IgM positivas e 12% CD3 positivas. Conclui-se que na MEG ocorre uma expressiva astrocitose associada com a presença de alta proporção de células imunes.

Cão; meningoencefalomielite granulomatosa


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