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[Nefrotoxicidade da doxorrubicina em gatas (Felis catus) com neoplasias mamárias malignas

RESUMO

O objetivo do estudo foi investigar a nefrotoxicidade da doxorrubicina em gatas com neoplasias malignas da glândula mamária. Todas as gatas selecionadas não apresentaram comorbidades como nefropatias e/ou cardiomiopatias, comprovadas por exames físicos e laboratoriais, foram submetidas à mastectomia radical associada à exérese de linfonodos regionais e tratadas com protocolo baseado em doxorrubicina. Os marcadores renais ureia, creatinina, dimetilarginina simétrica foram avaliados durante todo o tratamento e dois meses após o término. Ultrassonografia abdominal, urinálise e análise bioquímica de proteínas, creatinina urinária e GGT urinária foram realizadas no início e dois meses após o término do tratamento, para avaliar possíveis alterações renais. Seis gatas não apresentaram alterações renais em nenhum dos exames realizados durante o estudo. Duas gatas apresentaram azotemia durante este estudo, e uma delas interrompeu o tratamento precocemente, devido à intensa azotemia. A individualidade de cada paciente deve ser sempre considerada, pois são muitas as variáveis. O monitoramento clínico, com exames complementares, tais como bioquímicos séricos e de imagem dos pacientes durante todo o tratamento, é essencial, especialmente a mensuração de analitos que detectam alterações renais precocemente. Diante disso, ressalta-se que a doxorrubicina é um medicamento seguro para utilização em gatas não nefropatas.

Palavras-chave:
câncer de mama; quimioterapia; toxicidade; felino

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