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Endoparasitas de animais silvestres de três biomas do Mato Grosso, Brasil

RESUMO

Populações de animais selvagens são reguladas por diversos fatores bióticos e abióticos, e parasitas são um fator biótico que afetam a dinâmica e a densidade de populações. De 2002 até 2014, 62 animais silvestres provenientes dos biomas Pantanal, Amazônia e Cerrado, que vieram a óbito no atendimento do hospital veterinário ou foram encontrados atropelados em rodovias, foram submetidos à necropsia parasitológica. Ao todo 36 espécies de parasitas foram identificadas em 24 espécies de hospedeiros. Entre os parasitas, a ordem mais prevalente foi Oxyurida (29,1%), seguida por Strongylida (20,9%), Spirurida (19,4%), Ascaridida (16,2%), Pentastomida (3,2%), Echinostomida (3,2%), Gygantorhynchia (3,2%), Rhabditida (1,6%), Plagiorchiida (1,6%) e Monilimorfida (1,6%), destacando-se os nematódeos, por seu maior potencial biótico e facilidade de adaptação ao meio do que as demais classes. A maior ocorrência de endoparasitas foi observada em animais endotérmicos que ectotérmicos, e este estudo registra onze novas ocorrências de hospedeiros para endoparasitas de animais selvagens. O estudo contribui para o conhecimento da biodiversidade de parasitas em animais silvestres dos três biomas do Centro-Oeste do Brasil.

Palavras-chave:
helmintos; parasitismo; Amazônia; Cerrado; Pantanal

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