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[Uso do lactato peritoneal e sanguíneo como preditor do tipo de afecção, encaminhamento cirúrgico e prognóstico em casos de cólica equina]

RESUMO

O estudo de formas diagnósticas rápidas e precisas é importante na síndrome cólica equina. O lactato, produto da glicólise anaeróbica, quando elevado, pode indicar afecções intestinais com hipoperfusão e hipóxia. O objetivo deste estudo foi verificar se os valores de lactato sanguíneo e peritoneal, na admissão de equinos com síndrome cólica, estão relacionados com o tipo de afecção, com o encaminhamento terapêutico e a sobrevida. Uma análise retrospectiva foi realizada em 498 atendimentos em síndrome cólica, no Hospital EQUIVET-SP, quando 89 casos foram selecionados. A regressão logística indicou que o lactato peritoneal obteve maior significância comparado ao sanguíneo, nas variáveis tipo de obstrução e sobrevida. Casos cirúrgicos foram 52,8%; alterações estrangulativas, 26%; e sobrevivência geral, 62,9%. Em alterações estrangulativas, a média do lactato sanguíneo e peritoneal foi de 5,11 e 7,33mmol/L; em não estrangulativos, 3,54 e 3,06mmol/L. Já os sobreviventes obtiveram 3,43 e 2,42mmol/L, e os não sobreviventes 4,84 e 7,13mmol/L, respectivamente. Conclui-se que a mensuração do lactato peritoneal na admissão de cavalos com cólica foi considerada um preditor do tipo de afecção, bem como da sobrevida e do prognóstico. Porém, as mensurações de lactato sanguíneo e peritoneal não auxiliaram no encaminhamento terapêutico.

Palavras-chave:
analisador portátil; lactato líquido peritoneal; lactato venoso; isquemia intestinal; prognóstico

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