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Mutações trombofílicas e risco de oclusão venosa retiniana

OBJETIVOS: A associação entre oclusão venosa retiniana e trombofilias hereditárias não está estabelecida, com resultados controversos na literatura. O presente estudo investiga a associação entre a oclusão venosa retiniana e três mutações trombofílicas: fator V 1691A (fator V Leiden), protrombina 20210A (PT 20210A) e mutação C677T do gene da metileno-tetra-hidro-folato redutase (MTHFR 677TT). MÉTODOS: Cinquenta e cinco pacientes portadores de oclusão venosa retiniana e 55 controles pareados por idade, sexo e raça foram testados para a presença das seguintes mutações: fator V Leiden, PT 20210A e MTHFR 677TT. As freqüências das três mutações em casos e controles foram comparadas. RESULTADOS: Fator V Leiden foi encontrado em 3,6% dos pacientes e em 0% dos controles; PT 20210A foi encontrada em 1.8% dos pacientes e em 3,6% dos controles, (odds ratio, 0,5; 95% IC, 0,04 to 5,51); MTHFR 677TT foi encontrada em 9% dos pacientes e em 9% dos controles (odds ratio, 1; 95% IC, 0,92 to 3,45). Hipertensão arterial foi encontrada mais freqüentemente em pacientes do que em controles (odds ratio, 3,4; 95% IC, 1,25 to 9,21). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que mutações trombofílicas não são fatores de risco para oclusão venosa retiniana. A investigação rotineira para trombofilias hereditárias neste grupo de pacientes não é indicada.

Oclusão da veia retiniana; Fatores de risco; Trombofilia; Fator V; Protrombina; Metilenotetraidrofolato redutase (NADPH2)


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