RESUMO
Objetivo:
Resumir o desenvolvimento de um Videoceratógrafo (ou menos precisamente, Topógrafo de Córnea) projetado e fabricado no Brasil.
Métodos:
Discos de Plácido pintados num anteparo em forma de cone são refletidos pela córnea. As imagens passam por um sistema óptico de aumento e são focalizadas num CCD (“Charge Coupled Device’’; nada mais do que uma abreviação para câmeras fabricadas com a tecnologia de semicondutores) atrás do cone. O sinal do CCD é enviado para uma placa de captura de imagens (“frame grabber”) instalada em um PC-IBM compatível. Por meio de algoritmos de processamento de imagens, extraem-se das imagens digitalizadas as distâncias de borda dos Discos de Plácido. Estes valores são inseridos em algoritmos com modelos matemáticos da curvatura da córnea^ resultando no cálculo da dioptria de aproximadamente 5.760 pontos.
Resultados:
Assim como em outros aparelhos importados, imprime-se na tela do computador um mapa colorido plano com código de cores relativo aos valores de dioptria. Para um conjunto de 9 esferas de raios: 5,50; 5,75; 6,00; 6,25; 6,75; 7,00; 7,25; 7,50; 7,75 mm obteve-se um desvio médio de 0,1 para dioptria e 0,02 mm para o raio. Foram analisados computacionalmente 5.760 pontos para cada esfera. Em uma amostra de 20 córneas obteve-se desvio médio de 0,2 dioptrías com relação ao topógrafo EyeSys.
Conclusões:
Podemos afirmar que o instrumento construído obtém resultados equivalentes àqueles do instrumento importado.
Palavras-chave:
Topografia de córnea; Ceratometria; Discos de Plácido