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Validação de protótipo de um novo eletrodo de fibra para eletrorretinografia clínica

OBJETIVO: Validar um novo protótipo de um eletrodo de fibra para eletrorretinografia clínica (ERG). MÉTODOS: Foi testado em um grupo de 20 voluntários saudáveis (17-31 anos; média 22,7 ± 4,5; 8 homens), um protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado descartável recentemente desenvolvido (depósito de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual # PI0602186-7), constando de uma fibra de sinais corneanos e uma segunda fibra servindo como referência. Após 30 minutos de adaptação ao escuro, as respostas de cones e bastonetes da eletrorretinografia foram registradas simultaneamente com dilatação completa das pupilas em ambos os olhos, com o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado em um olho escolhido ao acaso e um eletrodo DTL® no outro olho. Após a apresentação dos estímulos escotópicos e fotópicos cada resposta foi analisada em amplitude e tempo de culminação das ondas a e b. O sistema VERIS 5.1.9 foi usado para a aquisição e análise dos dados. Os resultados da eletrorretinografia foram analisados pelo teste de Mann-Whitney. Após a sessão da eletrorretinografia foi feito exame em lâmpada de fenda para avaliar possíveis eventos adversos. RESULTADOS: As respostas obtidas com o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado foram comparáveis às do eletrodo DTL® comercialmente disponível. Numa análise qualitativa, o eletrodo de fibra com referência acoplado produziu sinais com menos ruído. Na média, a amplitude escotópica da eletrorretinografia e o tempo de culminação da onda-b usando o eletrodo DTL® foram respectivamente, 287,6 µV and 36,3 ms com achados similares para o protótipo (287,9 µV e 36,3 ms). Sob condições fotópicas, a amplitude média do eletrodo DTL® e o tempo de culminação da onda b foram respectivamente 108,9 µV e 24,5 ms com resultados similares para o protótipo (116,4 µV e 24,5 ms). Após os registros da eletrorretinografia com ambos os tipos de eletrodos não houve abrasões corneanas ou outros eventos adversos significantes. CONCLUSÕES: Em sujeitos humanos saudáveis, o protótipo de eletrodo de fibra com referência acoplado forneceu registros estáveis e seguros de eletrorretinogramas a partir da córnea comparado aos obtidos com o eletrodo DTL® comercialmente disponível. O protótipo é um instrumento alternativo viável para registro clínico da eletrorretinografia para avaliar a função retiniana, no entanto, análises adicionais são necessárias para validar sua utilidade clínica em pacientes com distúrbios retinianos.

Eletrodos; Eletrorretinografia; Retina; Doenças retinianas; Estudos de validação


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