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Contribuição da ressonância magnética no diagnóstico e abordagem das lesões escrotais

Value of MR imaging in diagnosis and management of scrotal lesions

22 – CONTRIBUIÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM DAS LESÕES ESCROTAIS.

VALUE OF MR IMAGING IN DIAGNOSIS AND MANAGEMENT OF SCROTAL LESIONS.

Muglia VF, Tucci Jr S., Elias Jr. J, Suaid HJ, Cologna AJ, Martins ACP

Centro de Ciências da Imagem e Física Médica e Divisão de Urologia do Departamento de Cirurgia, Ortopedia e Traumatologia da Fac. de Medicina de Rib. Preto da Universidade de São Paulo.

Introdução e Objetivos: A ultra-sonografia de alta resolução (US) é o método de imagem de escolha para avaliação das patologias inguino-escrotais. Apesar de alta sensibilidade, possui baixa especificidade. O presente estudo prospectivo objetivou avaliar a Ressonância Magnética (RM) nos casos em que a US foi considerada inconclusiva.

Material e Métodos: Pacientes foram selecionados em duas instituições, o Saint Paul's Hospital, em Vancouver, Canadá e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Do total de 632 exames ultra-sonográficos, 32 foram inconclusivos e encaminhados para exame de RM. Desses, seis pacientes foram excluídos. Dos 26 restantes, dois afecções bilaterais distintas, sendo considerados isoladamente (n=28). Os critérios para classificar um exame ecográfico de inconclusivo foram:

- impossibilidade de se estabelecer a natureza e/ou extensão do processo (infeccioso, neoplásico, etc...)

- discrepância entre a anamnese, exame físico e a ultra-sonografia.

Resultados: Após confrontação com os diagnósticos finais, verificou-se que a RM forneceu informações adicionais corretas em 23 pacientes (82,1%). Em dois pacientes as informações não estavam corretas e ambos erraram o diagnóstico final; em dois pacientes não houve informação adicional, porém ambos os métodos estavam corretos. Em um único caso as informações obtidas pela RM foram inferiores às obtidas pela ultra-sonografia.

Conclusões: A ultra-sonografia é a primeira escolha, como método de imagem nas patologias inguino-escrotais. Porém, quando inconclusiva, a RM pode oferecer informações adicionais, nos casos de trauma quando há dúvida sobre a integridade da albugínea; dor crônica e, quando houver discrepância entre os dados clínicos e ultra-sonográficos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Mar 2001
  • Data do Fascículo
    2000
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