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Prevalência e susceptibilidade bacteriana da infecção urinária hospitalar

INTRODUÇÃO: A infecção urinária é a mais comum das infecções hospitalares. O conhecimento da prevalência das cepas bacterianas e do antibiograma é importante para orientar a escolha inicial do antibiótico. OBJETIVO: Determinar a prevalência bacteriana e a sensibilidade aos antibióticos na infecção urinária hospitalar, em um hospital universitário, período janeiro-junho de 2003. MÉTODOS: Foram analisados os prontuários de 188 pacientes com urocultura positiva (³ 10(5) c olônias/ml), depois de decorrido um período de pelo menos 48h da internação. RESULTADOS: Metade dos pacientes era homens. A idade média da amostra foi 50,2±22.7 anos com variação de 3 meses a 88 anos. Em 80% dos casos a bactéria identificada era Gram-negativa. Os micróbios mais comuns foram E. coli (26%), Klebsiella sp (15%), P. aeruginosa (15%) e Enterococcus sp (11%). O antibiograma mostrou maior sensibilidade bacteriana ao imipenem (83%), cefalosporinas de segunda e terceira geração e aminoglicosídeos e grande resistência à ampicilina e cefalotina. A sensibilidade foi baixa também para ciprofloxacina (42%) e norfloxacina (43%). CONCLUSÃO: Este estudo sugere que se não for possível aguardar os resultados da cultura e antibiograma a melhor escolha para início do tratamento seria o imipenem, cefalosporinas de segunda e terceira geração e aminoglicosídeos. A cefalotina e a ampicilina não constituem boa opção para o tratamento empírico inicial.

Infecção urinária; Etiologia; Infecção hospitalar; Microbiologia, sensibilidade


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