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Trauma hepático

O trauma hepático corresponde a aproximadamente 5% das admissões das salas de urgência. A localização anatômica do fígado e o seu tamanho o tornam mais susceptível ao trauma contuso e freqüentemente às lesões penetrantes. A associação Americana para a Cirurgia do Trauma estabeleceu uma classificação detalhada, o que possibilita comparações uniformes do trauma hepático. O diagnóstico destas lesões pode ser muitas vezes fácil, contudo a utilização de modalidades diagnósticas como o lavado peritoneal, a ultrassonografia e a tomografia computadorizada, permite o diagnóstico mais rápido e acurado. O tratamento conservador não operatório do trauma hepático contuso em pacientes com estabilidade hemodinâmica tornou-se padrão na maioria dos centros de trauma. Poucas lesões penetrantes do abdome permitem o tratamento conservador. As exceções podem ser justamente aquelas localizadas no quadrante superior direito do abdome que atinjam apenas o fígado. O tratamento cirúrgico de pequenas lesões hepáticas geralmente necessita de nenhum reparo ou podem ser tratadas com cauterização ou pequenas suturas. As lesões mais graves, a despeito dos avanços tecnológicos, constituem ainda um desafio aos cirurgiões. Muitos procedimentos podem ser realizados como: simples suturas, ressecções associadas a desbridamentos ou mesmo em lesões ainda mais graves, o empacotamento. Este constitui o controle do dano, o qual pode permitir a recuperação do paciente com diminuição da mortalidade precoce após o trauma.

Injúria; Fígado; Trauma; Trauma Hepático


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