As técnicas de sutura gastrointestinais sempre foram motivo de estudos e controvérsias na literatura. As divergências dizem respeito não só aos tipos de anastomose, mas também aos tipos de fios e ao modo de aplicá-los. Desde o século passado o valor da submucosa como camada de maior resistência das túnicas do tubo digestivo já era conhecida. O propósito desse trabalho é avaliar a sutura em plano único extramucoso, com ancoramento duplo de submucosa, um pormenor técnico não encontrado na literatura consultada. O experimento foi realizado em 36 coelhos Nova Zelandia, brancos, adultos, machos, distribuídos em três grupos que diferiram entre si, só quanto ao dia da reoperação e eutanásia : grupo I (4dias); grupo II (7 dias ) e grupo III ( 15 dias). Foram realizadas no mesmo animal duas gastrotomias transversais, uma proximal e outra distal, paralelas entre si e com 4 cm de extensão cada. Nessas gastrotomias foram alternadas dois tipos de suturas :1- sutura em plano único extramucoso, com ancoramento duplo na submucosa e 2- sutura em plano único extramucoso. Realizou-se estudos macroscópicos e microscópicos nas linhas de sutura de ambas gastrotomias e em cada período de eutanásia. Com exceção do ítem serosa, cujos resultados foram semelhantes entre as duas suturas, estatísticamente a sutura em plano único extramucoso, com ancoramento duplo de submucosa, apresentou melhores resultados macro e microscópicos do que a sutura em plano único extramucoso, no grupo grupo I (4 dias). Nos demais períodos de eutanásia, grupos II e III, os resultados foram estatísticamente semelhantes.
Técnicas de sutura; Estômago; Coelhos
