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Compadrio e escravidão na Bahia seiscentista* * Este artigo é parte de minha pesquisa de doutorado, financiada por uma bolsa do CNPq. Agradeço às críticas e sugestões de João Fragoso, sem o qual esse artigo não existiria; a Mariana Guglielmo, pelas longas discussões sobre todos os temas aqui tratados; ao parecerista anônimo, pelas correções e sugestões mais que pertinentes; a Ronald Raminelli, Roberto Guedes, Zé Knust, Jonis Freire e Renato Franco, pela leitura atenta e comentários relevantes.

A partir do estudo do compadrio em quatro paróquias rurais na Bahia, entre 1613 e 1700, são examinadas as especificidades do período de consolidação da escravidão na principal capitania açucareira do Estado do Brasil. Por meio de uma análise quantitativa, demonstra-se a reduzida relevância demográfica dos forros, o prestígio de pardos e mulatos dentro do próprio cativeiro e a raridade do matrimônio oficializado pela Igreja Católica, em comparação com outras regiões e períodos. Por outro lado, também são realizados estudos de caso, de modo a atentar para o envolvimento - direto ou indireto - das elites no compadrio com os cativos: tais momentos podiam servir, por exemplo, para ampliar a rede de relações dos maiores potentados com livres subalternos - que, por sua vez, buscavam ascender socialmente.

Compadrio; escravidão; elites e hierarquias sociais


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