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Transtorno mental e transplante hepático: um estudo de coorte de 2 anos

RESUMO

Contexto:

A avaliação psicossocial é essencial na avaliação para transplante hepático; ela pode afetar as taxas de sobrevida e outros desfechos.

Objetivo:

O objetivo principal deste estudo foi investigar o impacto de transtornos mentais prévios e impulsividade nos índices de sobrevivência após o transplante hepático.

Métodos:

Foi realizado um estudo prospectivo de coorte com indivíduos em estágio avançado da doença hepática com e sem comorbidades psiquiátricas no pré-transplante, acompanhados por 2 anos após o transplante. Na fase pré-transplante foi realizado o diagnóstico psiquiátrico através do Mini-Plus 5.0.0 e avaliada a impulsividade através da Escala de Impulsividade Barratt. Os pacientes foram acompanhados por 2 anos após o transplante. O desfecho principal foi óbito. Foi utilizada regressão logística para avaliar a associação entre comorbidades psiquiátricas e óbito. Também foi realizada análise de sobrevida com Kaplan-Meier e modelo de regressão Cox.

Resultados:

Entre junho de 2010 e julho de 2014 foram transplantados 93 pacientes entre os 191 candidatos. Dos 93 pacientes transplantados, 21 tinham comorbidade psiquiátrica e 72 não tinham. Durante o período de acompanhamento houve 25 óbitos. A presença de comorbidade psiquiátrica (P=0.353) e alta impulsividade (P=0.272) não foram associadas a óbito pós-transplante até segundo ano de cirurgia.

Conclusão:

Este estudo não encontrou evidências de que a presença de transtorno mental e impulsividade pioram o prognóstico pós-transplante hepático.

Palavras-chave:
Transplante de fígado; comorbidade psiquiátrica; impulsividade; prognóstico; mortalidade

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