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Influência da fibrose periportal no seguimento tardio de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica

OBJETIVO: Avaliar a influência do grau de fibrose periportal no seguimento tardio de pacientes tratados cirurgicamente da esquistossomose hepatoesplênica com antecedentes de hemorragia digestiva. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram analisados 111 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da esquistossomose hepatoesplênica no período de 1992-1998. O grau de fibrose periportal foi classificado como: grau I (29/111): os espaços porta apresentam-se com riqueza de células conjuntivas jovens, discreta produção de colágeno e presença variável de infiltrado inflamatório. A lâmina periportal e o retículo são normais; grau II (38/111) - há expansão do tecido conjuntivo com emissão de septos colágenos radiais, dando ao mesmo um aspecto estrelado; grau III (44/111) - os septos conjuntivos formam pontes com outros espaços porta ou com a veia, havendo neoformação angiomatóide bem evidente. RESULTADOS: O seguimento médio dos pacientes com fibrose grau I foi de 38,2 meses, 32,2 meses no grau II e 24,5 meses na fibrose periportal grau III. Pacientes portadores de fibrose periportal grau I apresentaram recidiva hemorrágica estatisticamente menor. A intensidade da fibrose periportal não influenciou a presença de varizes de fundo gástrico, prevalência de trombose portal pós-operatória e alterações bioquímicas e hematológicas. CONCLUSÃO: O grau de fibrose periportal tem influência na recidiva hemorrágica de pacientes portadores de hipertensão portal esquistossomótica submetidos a tratamento cirúrgico.

Fibrose; Hipertensão; Esquistossomose


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