RESUMO
CONTEXTO:
O sangramento colorretal é considerado um sinal de alarme e não deve ser ignorado. O resultado positivo de um teste de pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) requer investigação complementar com colonoscopia, exame invasivo e de alto custo. Justifica-se, portanto, a aplicação de um teste diagnóstico mais sensível e específico. No presente estudo, foram avaliados quatro diferentes testes de PSOF em 176 pacientes submetidos à colonoscopia e seus resultados foram comparados.
OBJETIVO:
Avaliar a sensibilidade, a especificidade e os valores de predição dos testes químico e imunoquímico de PSOF em pacientes submetidos à colonoscopia e avaliar o grau de concordância entre os testes de PSOF e a colonoscopia.
MÉTODOS:
Pacientes com indicação de realizar colonoscopia foram submetidos também à PSOF pelo método químico (o-toluidina) e pelo método imunoquímico, empregando três kits comerciais disponíveis no mercado. Fundamentado nos achados endoscópicos, a colonoscopia foi categorizada em positiva ou negativa, de acordo com a possível fonte de sangramento colorretal. O grau de concordância entre os testes de PSOF foi avaliado pelo índice kappa.
RESULTADOS:
Quarenta e quatro (25%) colonoscopias foram categorizadas como positivas quanto à fonte de sangramento colorretal. O teste da o-toluidina mostrou menor concordância que os testes imunoquímicos, os quais apresentaram moderada concordância com a colonoscopia. O teste da o-toluidina revelou menor sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo.
CONCLUSÃO:
Os testes imunoquímicos revelaram maior sensibilidade, especificidade e valores de predição na detecção de sangramento colorretal. Os testes imunoquímicos apresentaram melhores índices de concordância com a colonoscopia, quando comparados ao teste da o-toluidina.
DESCRITORES:
Sangue oculto; Toluidinas; Testes imunológicos; Colonoscopia; Sensibilidade e especificidade; Valor preditivo dos testes