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Resistência do Helicobacter pylori aos antibióticos no Brasil: a claritromicina ainda é uma boa opção

CONTEXTO: A susceptibilidade aos antibióticos é a pedra fundamental dos tratamentos de erradicação do Helicobacter pylori. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da resistência primária do H. pylori aos antibióticos em uma população urbana do Brasil. MÉTODOS: As cepas do H. pylori foram obtidas de pacientes submetidos a endoscopia digestiva para avaliação de sintomas dispépticos. Biopsias do antro, corpo e fundo gástrico foram realizadas para determinar a susceptibilidade das cepas do H. pylori aos antibióticos. A concentração inibitória mínima da furazolidona e do bismuto foram determinadas rotineiramente pelo método da diluição em Agar e a concentração inibitória mínima da amoxicilina, claritromicina, tetraciclina, levofloxacina e do metronidazol foram determinadas pelo E-test. RESULTADOS: Cinquenta e quarto pacientes foram incluídos no estudo. Destes, a susceptibilidade das cepas do H. pylori in vitro foi determinada em 39 pacientes. Resistência ao metronidazol foi detectada em 20 pacientes (51%), à claritromicina em 3 pacientes (8%), à levofloxacina in 9 pacientes (23%) e ao bismuto em 2 pacientes (5%). não foi observada resistência à amoxicilina, tetraciclina e à furazolidona. CONCLUSÃO: Devido à baixa resistência, observada neste estudo para a amoxicilina e a claritromicina, os tratamentos que usam estes antibióticos permanecem apropriados como esquemas de primeira linha para a erradicação do H. pylori.

Helicobacter pylori; Resistência microbiana a medicamentos; Claritromicina; Amoxilina


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