Acessibilidade / Reportar erro

Mucosa do coto gástrico: risco para câncer?

Racional - Pacientes submetidos a ressecção gástrica parcial apresentam risco aumentado de desenvolvimento de câncer de coto gástrico. Objetivo - Analisar, a longo prazo, as alterações da mucosa de pacientes submetidos previamente a tratamento cirúrgico, por úlcera péptica. Pacientes e Métodos - No período de 1987 a 1990, 154 pacientes (média de 20,4 anos após gastrectomia) foram analisados através de exames endoscópicos com múltiplas biopsias, e histopatológicos. Resultados - Alterações endoscópicas estiveram presentes em 111 pacientes (72,1%) e as mais freqüentemente encontradas foram: hiperplasia foveolar, metaplasia intestinal e dilatação cística. Displasia intensa foi diagnosticada em 2 (1,25%) e carcinoma em 13 (8,4%) dos casos. Em quatro pacientes (3,8%), o método endoscópico não revelou lesão tumoral, contudo, foi detectada neoplasia no estudo histológico do material de biopsia. Conclusão - A vigilância dos pacientes gastrectomizados, através de procedimento endoscópico com múltiplas biopsias, pode diagnosticar neoplasia em estádio inicial; entretanto, novos estudos são necessários para se estabelecer a relação custo-benefício da referida estratégia de detecção.

Gastrectomia; Neoplasias gástricas; Coto gástrico; Úlcera péptica; cirurgia


Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. Rua Dr. Seng, 320, 01331-020 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax: +55 11 3147-6227 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br