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EFFECT OF A BITTER BOLUS ON ORAL, PHARYNGEAL AND ESOPHAGEAL TRANSIT OF HEALTHY SUBJECTS

Contexto

Durante a deglutição o bolo estimula os receptores sensoriais da boca, faringe, laringe e esôfago. Os alimentos doces e sem gosto são mais aceitáveis para a deglutição do que os alimentos amargos, que tem gosto desagradável para a maioria dos indivíduos. A hipótese destes autores era que a ingestão de um bolo amargo pode alterar o trânsito oral, faríngeo e esofágico.

Objetivo

Avaliar se o gosto amargo de um bolo líquido provoca alteração do trânsito oral, faringeo e/ou esofágico de pessoas normais.

Método

Avaliação cintilográfica dos trânsitos oral, faringeo e esofágico foi realizada em 43 indivíduos assintomáticos, 22 mulheres e 21 homens, com idades entre 23-71 anos, sem problemas com a ingestão de alimentos líquidos e sólidos, sem doença digestiva, cardíaca ou neurológica. Cada indivíduo ingeriu, em sequência aleatória e na temperatura ambiente, 5 mL de um bolo líquido com sabor amargo, preparado com 2 g de folhas de Peumus boldus em 50 mL de água, aquecidas até a temperatura de fervura (chá de boldo), e 5 mL de um bolo líquido com sabor doce, preparado com 3 g de sacarose em 50 mL de água, ambos marcados com 37 MBq de tecnécio fitato (Tc99m).

Resultados

Não houve diferença entre o bolo amargo e o bolo doce na duração do trânsito pela boca, faringe e esôfago, e na quantidade de resíduos.

Conclusão

Um bolo amargo, considerado de sabor desagradável, não altera a duração das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição, quando comparado com um bolo doce, considerado como sabor agradável.

Paladar; Deglutição; Trânsito gastrointestinal


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