Acessibilidade / Reportar erro
Arquivos de Gastroenterologia, Volume: 44, Número: 1, Publicado: 2007
  • Retossigmoidoscopia em pacientes sintomáticos Editorial

    Averbach, Marcelo
  • Há espaço para a retossigmoidoscopia na avaliação de pacientes sintomáticos? Análise da relação entre a presença de neoplasias colônicas proximais e distais em uma população sintomática submetida a colonoscopia Original Articles

    Binda, Vítor; Pereira-Lima, Júlio; Nunes, Cleber Allem; Falkemberg, Leonardo Torre; Azambuja, Daniel Barcellos; Cruz, José Vinícius

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A colonoscopia é o exame padrão-ouro na investigação de pacientes com sintomas intestinais baixos. Entretanto, sua disponibilidade é restrita em países com poucos recursos financeiros. OBJETIVO: Como a retossigmoidoscopia flexível tem sido defendida como o primeiro procedimento em estudos de rastreamento populacional para o câncer de cólon e reto, selecionando aqueles que necessitam colonoscopia, estudou-se a correlação entre a presença de neoplasias proximais e distais nos pacientes com idade entre 40 e 49 anos e naqueles com idade igual ou superior a 50 anos submetidos a colonoscopia, objetivando avaliar o papel deste exame segmentar em uma população sintomática. MÉTODOS: Todas as colonoscopias realizadas no Departamento de Coloproctologia do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, RS, no período de 2 anos, foram retrospectivamente estudadas. O cólon distal foi definido como o segmento colônico aboral à flexura esplênica. Neoplasias avançadas foram definidas como adenomas com tamanho superior a 1 cm ou adenocarcinomas. RESULTADOS: Das 2 701 colonoscopias realizadas naquele período, 1 125 foram incluídas no estudo. Destas, 830 foram feitas em pacientes com idade igual ou superior a 50 anos (média de idade de 65 anos, 491 mulheres) e a prevalência de adenomas, adenomas avançados e carcinoma foi 28,9%, 4,6% e 4%, respectivamente. A presença de um adenoma pequeno (<1 cm) no cólon distal dobrou a probabilidade de coexistir uma neoplasia proximal (RC = 2.12, IC 1.27-3.54), sendo este risco maior quando os adenomas eram múltiplos (RC = 3.99, IC 1.72-9.28) ou avançados (RC = 3.73, IC 1.81-7.7). Entre os pacientes com o segmento colônico distal livre de adenomas ou carcinomas, 1,93% apresentavam neoplasias proximais avançadas. No grupo de pacientes com idade entre 40-49 anos (n = 395; média de idade 44,8 anos, 208 mulheres), a prevalência de adenomas (14,9%), adenomas avançados (3,4%) e carcinomas (1,7%) foi menor. CONCLUSÕES: A presença de neoplasias distais aumenta a probabilidade de serem encontradas lesões proximais. Esta probabilidade é ainda maior quando são encontrados adenomas múltiplos ou maiores do que 1 cm. Um, em cada 52 pacientes com o segmento distal livre de neoplasias, apresenta neoplasia avançada no segmento colônico proximal. A retossigmoidoscopia flexível não é exame adequado para investigação de pacientes sintomáticos com idade superior a 50 anos.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Colonoscopy is the gold standard exam to investigate patients with colonic complaints. However, its availability is limited in developing countries. Sigmoidoscopy has been advocated as a first procedure in colorectal cancer screening strategies, in order to select those who need colonoscopy. AIM: To study the correlation between distal and proximal colonic neoplasias in symptomatic patients 50 years or older and patients 40 to 49 years old who underwent colonoscopy at a gastrointestinal endoscopy unit in 1999 and 2000 with the purpose to evaluate its role in a symptomatic population. METHODS: All colonoscopies performed in our Department in 1999-2000 were reviewed. The distal colon was defined as the colonic segment aboral to the splenic flexure. Advanced neoplasias were defined as adenomas larger than 10 millimeters and adenocarcinomas. RESULTS: Of the 2,701 colonoscopies retrieved, 1,125 were enrolled in this study. Prevalence rates for adenoma, advanced adenoma and carcinoma were 28.9%, 4.6% and 4% in the group of 830 patients 50 years or older (mean age 65 years, 491 women). The finding of one small (<10 mm) adenoma in the distal bowel doubled the likelihood of finding a proximal neoplasia (OR = 2.12, 95% CI, 1.27-3.54), and multiple (OR = 3.99, 95% CI, 1.72-9.28) or advanced (OR = 3.73, 95% CI, 1.81-7.7) adenomas increased this risk even further. Of the patients without adenoma or carcinoma in the distal colon, 1.93% had proximal advanced neoplasia. In the group of 40 to 49-year-old patients (n = 395; mean age 44.8 years, 208 women) the prevalence of adenomas (14.9%), advanced adenomas (3.4%), and carcinomas (1.7%) was lower. CONCLUSIONS: The likelihood of finding a proximal lesion is greater in patients with distal neoplasias. This likelihood is further increased when adenomas are multiple or larger than 10 mm. One out of 52 patients 50 years or older with an apparently normal distal colon has advanced proximal neoplasia. Sigmoidoscopy is not an adequate exam for symptomatic patients aged 50 years or older.
  • Avaliação endoscópica e ultra-sonográfica antes e depois de gastroplastia com derivação intestinal em Y-de-Roux para obesidade mórbida Original Articles

    Teivelis, Marcelo Passos; Faintuch, Joel; Ishida, Robson; Sakai, Paulo; Bresser, Adriano; Gama-Rodrigues, Joaquim

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Anormalidades esôfago-gástricas são reconhecidas anteriormente e após procedimentos bariátricos e suas freqüências são alvo de discussão. Achados hepáticos e biliares são também de importância clínica, especialmente litíase biliar e esteatose hepática. OBJETIVO: Comparar achados pré-operatórios de ultra-sonografia hepática e vias biliares e de endoscopias digestivas altas com resultados pós-operatórios dos mesmos em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica aberta com derivação intestinal. MÉTODOS: Oitenta pacientes foram incluídos na pesquisa 16.8 ± 12.1 meses após a operação, todos no seguimento ambulatorial de rotina, tendo oito sido excluídos. Análise retrospectiva foi feita com enfoque nos dados pré-operatórios, em exames ultra-sonográficos e endoscópicos dos pacientes e estes foram, prospectivamente, realizados para este estudo. RESULTADOS: A endoscopia pré-operatória foi realizada em 42 casos e 52 exames foram realizados no pós-operatório. A freqüência de esofagite mudou de 16,7% (7/42) para 15,4% (8/52) e de gastrite de 45,2% (19/42) para 21,2% (11/52). Úlceras gástricas ou gastrojejunais estavam inicialmente presentes em 4,8% (2/42) e aumentaram para 9,6% (5/52). No pós-operatório uma anormalidade incomum encontrada foi a erosão da banda de silastic 7,7% (4/52). H. pylori estava presente em 50,0% (21/42) no período pré-operatório e em 3,5% (2/52) no seguimento pós-operatório. A análise ultra-sonográfica foi feita no período pré-operatório em 63 pacientes e 57 foram realizadas no pós-operatório. Esteatose hepática estava presente em 58,7% (37/63) e em 43.9% (25/57), posteriormente. Apenas 12,7% (8/63) dos pacientes tinham colecistectomia prévia, 29,1% (16/55) sofreram colecistectomia durante o procedimento bariátrico e mais 26,8% (10/36) desenvolveram litíase biliar no seguimento pós-operatório. CONCLUSÕES: Esteatose hepática não melhorou de forma estatisticamente significativa, nem as doenças inflamatórias do tubo digestivo superior, apesar da redução da infecção pelo H. pylori. Litíase biliar requerendo intervenção foi comum.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Esophagogastric abnormalities are recognized prior and after bariatric procedures, but frequency and severity are debated. Liver and biliary tract findings are also of clinical importance, especially gallstones and liver steatosis. AIM: To compare pre-operative findings of hepatobiliary ultrasound and upper digestive endoscopy with post-operative results in patients submitted to open Roux-en-Y gastric bypass for morbid obesity. METHODS: A total of 80 patients were enrolled 16.8 ± 12.1 months after operation, all of them on routine follow-up program, and 8 were excluded. Retrospective analysis aimed at pre-operative clinical, endoscopic and ultrasonographic examinations and were prospectively repeated. RESULTS: Pre-operative endoscopical report was available in 42 cases, and 52 examinations were performed post-operatively. Frequency of esophagitis changed from 16.7% (7/42) to 15.4% (8/52), and of gastritis from 45.2% (19/42) to 21.2% (11/52). Gastric or gastrojejunal ulcers were initially present in 4.8% (2/42) and increased to 9.6% (5/52). Post-operatively, an unusual abnormality was silastic band erosion: 7.7% (4/52). Helicobacter pylori was present in 50.0% (21/42) before and 3.5% (2/52) after operation. Ultrasonographic study had been done before intervention in 63 subjects, and 57 were executed on follow-up. Liver steatosis occurred previously in 58.7% (37/63) and in 43.9% (25/57) later on. Only 12.7% (8/63) of the patients had undergone cholecystectomy before bariatric operation, 29.1%(16/55) suffered simultaneous resection of gallbladder because of stones during Roux-en-Y gastric bypass, and an additional 26.8% (10/36) developed gallstones post-operatively. CONCLUSIONS: Liver steatosis did not statistically improve, nor did inflammatory conditions of the upper digestive tube, despite reduction of H. pylori infections; gallbladder stones requiring intervention were common.
  • Pólipos gástricos: análise retrospectiva de 26 000 endoscopias digestivas Original Articles

    Morais, Drausio Jefferson; Yamanaka, Ademar; Zeitune, José Murilo Robilotta; Andreollo, Nelson Adami

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Os pólipos gástricos são pequenas lesões gástricas, assintomáticos na maioria dos casos, e são diagnosticados por acaso durante a endoscopia digestiva alta. OBJETIVOS: Avaliar retrospectivamente as características e freqüência dos pólipos gástricos, oriundos da mucosa gástrica em uma casuística extensa de endoscopias digestivas. MÉTODOS: Cento e cinqüenta e três doentes em uma casuística de 26.000 endoscopias digestivas altas realizadas durante 5 anos, sendo que cada doente realizou apenas um exame, foram analisados quanto às características histopatológicas, classificação de Yamada, localização, tamanho e tratamento. Todos os casos tinham pelo menos um pólipo gástrico, confirmado pelo exame histopatológico de biopsia endoscópica. RESULTADOS: Os pólipos foram classificados como hiperplásicos, adenomatosos e de glândulas fúndicas. A maioria deles era menor que 1 cm (pólipos hiperplásicos - 60,5%; pólipos adenomatosos - 73,6%; pólipos de glândulas fúndicas - 72%). Os pólipos hiperplásicos foram os mais freqüentes e diagnosticados em 71,3% dos casos, enquanto os de glândulas fúndicas somaram 16,3% e os adenomatosos foram 12,4%. Os pólipos hiperplásicos e os adenomatosos, na maioria das vezes, foram únicos, enquanto os de glândulas fúndicas tenderam a ser múltiplos. Carcinoma foram detectados em um pólipo hiperplásico (0,9%) e em dois adenomatosos (10,5%). Focos de displasia de alto grau foram encontrados em quatro pólipos adenomatosos (21%). CONCLUSÕES: A endoscopia digestiva é o método mais seguro e eficiente para o diagnóstico dos pólipos gástricos, que na maioria dos doentes não apresenta sintomas característicos. A definição histopatológica não é possível ao olhar endoscópico, necessitando-se do auxílio do patologista, uma vez que do resultado da biopsia dependerá a conduta a ser adotada.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Gastric polyps are small gastric lesions, asymptomatic in most cases and are generally discovered inadvertently during upper digestive endoscopy. AIM: To retrospectively review the characteristics and frequency of gastric polyps, derived from the gastric mucosal epithelium in a large series of endoscopies. METHODS: One hundred and fifty three patients in a series of 26,000 consecutive upper digestive endoscopies done over a 5-year period, being that each patient had only one examination were analyzed and their histological and Yamada classification, as well as their location, size, histopathological findings and treatment studied. All patients had at least one gastric polyp, as confirmed by histological examination. RESULTS: The polyps were classified as hyperplastic, adenomatous and fundic gland polyps. The most of them measure less than 1 cm (hyperplastic polyps - 60,5%; adenomatous polyps - 73,6%; fundic gland polyps - 72%). Hyperplastic polyps were the most frequent and accounted for 71.3% of the cases, whereas fundic gland polyps accounted for 16.3% and adenomatous polyps for 12.4%. Hyperplastic and adenomatous polyps were primarily single, whereas fundic gland polyps tended to be multiple. A carcinoma was detected in one hyperplastic polyp (0.9%) and in two adenomatous polyps (10.5%). High grade dysplastic foci were found in four adenomatous polyps (21%). CONCLUSIONS: The digestive endoscopy is the safest and efficient method for the diagnosis of the gastric polyps, that in most of the patients does not show characteristic symptoms. The histopathological definition is not possible to the endoscopic glance being needed the pathologist's aid, once the conduct to be adopted will depend on the result of the biopsy.
  • Prevalência da disfunção do esfíncter de Oddi em pacientes encaminhados à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica Original Articles

    Della Libera, Ermelindo; Rodrigues, Rodrigo Azevedo; Guimarães, Ana Paula Rodrigues; Paulo, Gustavo Andrade de; Geocze, Stephan; Ferrari, Angelo Paulo

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Manometria do esfíncter de Oddi é o método padrão-ouro para o diagnóstico da disfunção do esfíncter de Oddi. Atualmente, a prevalência de disfunção do esfíncter de Oddi em pacientes encaminhados a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica é desconhecida. OBJETIVOS: Avaliar prospectivamente a prevalência de disfunção do esfíncter de Oddi em pacientes encaminhados a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica e estudar a segurança da manometria do esfíncter de Oddi nesses pacientes. MÉTODO: Neste estudo, 110 pacientes encaminhados à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica foram submetidos a manometria do esfíncter de Oddi biliar. Com base no número de tentativas de canulação da papila os pacientes foram divididos em dois grupos: até cinco tentativas (canulação fácil) e mais de cinco tentativas (canulação difícil). RESULTADOS: Manometria do esfíncter de Oddi foi realizada com sucesso em 71/110 pacientes (64,5%). Disfunção do esfíncter de Oddi foi encontrada em 18/71 pacientes (25%). Os achados das colangiopancreatografia retrógrada endoscópica foram: estudo normal em 16, coledocolitíase em 39, estenose biliar maligna em 9 e estenose biliar benigna em 7. Não foi observada diferença estatística na prevalência de disfunção do esfíncter de Oddi considerando-se a natureza da doença, sexo ou a dificuldade de canulação. Somente 2/71 pacientes evoluíram com pancreatite pós-procedimento de leve intensidade. CONCLUSÃO: Encontrou-se alta prevalência de disfunção do esfíncter de Oddi em pacientes encaminhados a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica. Sexo, natureza da doença ou dificuldade de canulação não mostraram influência na prevalência da disfunção nestes pacientes. Manometria do esfíncter de Oddi mostrou-se um procedimento seguro na pesquisa de disfunção do esfíncter de Oddi em pacientes encaminhados a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Sphincter of Oddi manometry is the gold-standard method for sphincter of Oddi dysfunction. The prevalence of sphincter of Oddi dysfunction among patients referred to endoscopic retrograde cholangiopancreatography is largely unknown. AIM: To evaluate prospectively the prevalence of biliary sphincter of Oddi dysfunction (B-SOD) among Brazilian patients referred to endoscopic retrograde cholangiopancreatography and to study the safety of sphincter of Oddi manometry in this setting. METHODS: Biliary sphincter of Oddi manometry was intended in 110 patients referred to endoscopic retrograde cholangiopancreatography. The number of attempts to obtain deep cannulation with the manometry catheter was recorded and patients were divided into two groups: up to 5 (easy cannulation) and >5 attempts (difficult cannulation). RESULTS: Sphincter of Oddi manometry was successful in 71/110 patients (64.5%). Sphincter of Oddi dysfunction was found in 18/71 patients (25%). Endoscopic retrograde cholangiopancreatography findings were: normal in 16, biliary stones in 39, malignant biliary strictures in 9 and benign biliary strictures in 7. There was no statistical difference in sphincter of Oddi dysfunction prevalence regarding disease, gender or difficulty of cannulation. Only 2/71 patients developed post-procedure mild pancreatitis. CONCLUSIONS: We have found a high prevalence of sphincter of Oddi dysfunction in patients referred to endoscopic retrograde cholangiopancreatography. Gender, nature of disease or difficulty of cannulation did not influence the prevalence of sphincter of Oddi dysfunction among these patients. Sphincter of Oddi manometry is a safe procedure for the evaluation of sphincter of Oddi dysfunction in patients referred to endoscopic retrograde cholangiopancreatography.
  • Tratamento cirúrgico videolaparoscópico de insulinomas utilizando ultra-sonografia intra-operatória Artigos Originais

    Valente, Tárik Olívar de Nunes; Bertevello, Pedro Luiz; Waitzberg, Dan L.; Gama-Rodrigues, Joaquim

    Resumo em Português:

    RACIONAL: O insulinoma é o tumor pancreático mais freqüente (50% a 60%), com incidência de 4/1 milhão de pessoas, mais comum em mulheres (2:1) e comportamento benigno quando seu diâmetro for inferior a 2 cm. O diagnóstico é clínico-laboratorial e a cirurgia é o único tratamento com potencial curativo. OBJETIVOS: Relatar a aplicabilidade da videolaparoscopia com ultra-sonografia intra-operatória em cinco casos diagnosticados e tratados cirurgicamente. MÉTODOS: Foram estudados três homens e duas mulheres, idade variando de 20 e 53 anos, com quadro clínico compatível com insulinoma, sendo proposta, após comprovação de imagem, enucleação da lesão por videolaparoscopia, com ultra-sonografia intra-operatória. RESULTADOS: Apresentaram boa evolução pós-operatória e remissão completa da hipoglicemia relacionada ao tumor, com um caso evoluindo com fístula pancreática e outro com pseudocisto pancreático. CONCLUSÃO: O tratamento cirúrgico dos insulinomas é factível e exeqüível por videolaparoscopia com ultra-sonografia intra-operatória e completa ressecção das lesões.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Insulinoma are insulin productive tumors originated from the pancreatic beta cells with an incidence of 4/1 million persons. It is more prevalent between the 5th and 6th decade, in women (2:1) and from the endocrine pancreatic tumor is the more frequent (50% to 60%). Insulinoma behave as a benign tumor when the diameter is inferior to 2 cm. The diagnosis is mainly clinical and laboratorial. Surgery is the unique treatment with potential cure. AIM: The present observation reports the use of simultaneous laparoscopic resection associated to intraoperative ultrasonography. METHODS: Five patients were studied (3 man and 2 women) with age from 20 to 53 years old, clinically diagnosed with insulinoma. After image work out it was proposed nuclear resection of the insulinoma by laparoscopic technique associated to intraoperative ultrasonography. RESULTS: The patients had a complete remission of tumor related hypoglycemia and one patient developed a pancreatic fistula and other a pancreatic pseudocist with good postoperative resolution. CONCLUSIONS: The videolaparoscopic approach for the surgical treatment of insulinoma is feasible. The intraoperative ultrasonography helps to identify the lesions and check their complete resection with low complication rate.
  • Drenagem endoscópica transmural de pseudocisto pancreático: resultados a longo prazo Artigos Originais

    Abreu, Rone Antônio Alves de; Carvalho Jr., Joaquim Alves; Vaz, Filinto Anibal Alagia; Ota, Luiz Hirotoshi; Speranzini, Manlio Basílio

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Os pseudocistos pancreáticos são complicações relativamente comuns em pacientes adultos com pancreatite. OBJETIVO: Avaliar os resultados a longo prazo da drenagem endoscópica transmural, estabelecendo seu papel no manejo do pseudocisto pancreático. MÉTODOS: Foram estudados 14 pacientes com pseudocisto de pâncreas, cuja principal queixa à apresentação foi dor no andar superior do abdome e massa abdominal palpável, submetidos a cistogastrostomia (n = 12) e cistoduodenostomia (n = 2), acompanhados clinicamente e com tomografia computadorizada de abdome por até 51 meses. A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada era tentada em todos os casos para estudo do ducto pancreático e classificação dos cistos. RESULTADOS: A pancreatite crônica alcoólica agudizada foi responsável por 10 casos (71,5%) e a biliar por 4 (28,5%). As duas formas de drenagens (cistogastrostomia e cistoduodenostomia) endoscópicas foram efetivas. Não houve mudança na conduta terapêutica proposta; em dois pacientes a migração da órtese para o interior do pseudocisto, no momento da inserção, foi a principal complicação, sendo possível sua retirada no mesmo ato, com o uso da cesta de Dormia, sob o auxílio de fluoroscopia. Não houve mortalidade, nem recidiva até o momento. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 3 dias. CONCLUSÃO: A drenagem endoscópica transmural se apresentou como terapêutica eficaz, com baixo índice de complicações, mortalidade nula e pequeno tempo de internação hospitalar.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Pancreatic pseudocysts are relatively common complications of pancreatitis in adults. OBJECTIVE: To evaluate the long-term results from transmural endoscopic drainage and thus to establish its role in managing pancreatic pseudocyst. METHODS: Fourteen patients with pancreatic pseudocyst were studied. Their main complaint was pain in the upper levels of the abdomen. They presented palpable abdominal mass and underwent cystogastrostomy (n = 12) and cystoduodenostomy (n = 2), with clinical follow-up using abdominal computed tomography for up to 51 months. Retrograde endoscopic cholangiopancreatography was attempted in all cases to study the pancreatic duct and classify the cysts. RESULTS: There were 10 cases (71.5%) of chronic pancreatitis that had become acute through alcohol abuse and 4 (28.5%) that had become acute through biliary disorders. Both types of endoscopic drainage (cystogastrostomy and cystoduodenostomy) were effective. There was no change in the therapeutic management proposed. Migration of the orthesis into the pseudocyst at the time of insertion (two cases) was the principal complication, and these could be removed during the same operation, by means of a Dormia basket, with the aid of fluoroscopy. There has so far not been any mortality or relapse. The mean hospital stay was 3 days. CONCLUSION: Transmural endoscopic drainage was an efficacious form of therapy, presenting a low complication rate and no mortality, and only requiring a short stay in hospital.
  • Relação lipase/amilase nas pancreatites agudas de causa biliar e nas pancreatites agudas/crônicas agudizadas de causa alcoólica Artigos Originais

    Pacheco, Ricardo Custódio; Oliveira, Luiz Carlos Marques de

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Pancreatites agudas de causas alcoólica ou biliar podem necessitar de abordagens terapêuticas diferentes. OBJETIVO: Verificar a validade da relação lipase/amilase em diferenciar as causas alcoólica ou biliar na pancreatite aguda/pancreatite crônica agudizada. MÉTODOS: Foram avaliados nove pacientes com pancreatite aguda/pancreatite crônica agudizada alcoólica, todos homens, com idade média (desvio padrão) de 39,8 ± 7,0 anos (grupo I) e 29 com pancreatite aguda biliar, sendo 8 homens e 21 mulheres, com idade média de 43,6 ± 19,9 anos (grupo II). As amilasemias e lipasemias foram determinadas em pacientes com sintomatologia há, no máximo, 48 horas. A relação lipase/amilase foi calculada utilizando-se valores de amilasemia e lipasemia expressas como múltiplos de seus respectivos valores superiores de referência. RESULTADOS: As médias das lipasemias (4.814 ± 3.670 U/L) e amilasemias (1.282 ± 777 U/L) no grupo I foram semelhantes às do grupo II (2.697 ± 2.391 e 1.878 ± 1.319 U/L, respectivamente), mas a média das relações lipase/amilase foi significantemente maior no grupo I (4,4 ± 3,6) do que no grupo II (2,2 ± 2,2). Relação lipase/amilase >3 foi significantemente mais freqüente no grupo I (66,7%) do que no grupo II (24,1%) e diferenciou os dois grupos com sensibilidade de 67% e especificidade de 76%. CONCLUSÕES: 1) as amilasemias e lipasemias não diferenciaram os dois grupos avaliados; 2) relação lipase/amilase >3 é mais freqüente na pancreatite aguda/pancreatite crônica agudizada alcoólica do que na pancreatite aguda biliar, e pode ser útil na diferenciação destas duas causas de pancreatite.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Alcoholic or biliary acute pancreatitis may need different therapeutic approaches. AIM: Assessing the validity of lipase/amylase ratio in differentiating biliary from alcoholic acute pancreatitis/acutized chronic pancreatitis. METHODS: Nine male patients (mean age and standard deviation: 39.8 ± 7.0 years) with alcoholic acute pancreatitis/acutized chronic pancreatitis (group I) and 29 patients, 8 male and 21 female (mean age: 43.6 ± 19.9 years), with biliary acute pancreatitis (group II) were evaluated. Serum lipase and amylase levels were measured in patients with symptoms for no more than 48 hours. The lipase/amylase ratio was calculated based on serum lipase and amylase levels and expressed as multiples of their respective superior reference values. RESULTS: Mean levels of serum lipase (4,814 ± 3,670 U/L) and amylase (1,282 ± 777 U/L) in patients of group I were comparable to group II (2,697 ± 2,391 and 1,878 ± 1,319 U/L, respectively), but the mean lipase/amylase ratio was significantly higher in group I (4.4 ± 3.6) than in group II (2.2 ± 2.2). Lipase/amylase ratio >3 occurred at significantly higher proportions in patients of group I (66.7%) than of group II (24.1%), differentiating the two groups with sensitivity of 67% and specificity of 76%. CONCLUSIONS: 1) Amylase and lipase serum levels did not differ in the two groups evaluated; 2) the lipase/amylase ratio >3 was more often seen in alcoholic acute pancreatitis/acutized chronic pancreatitis than biliary acute pancreatitis, and it may be useful in differentiating these two causes of pancreatitis.
  • Prevalência de queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva Artigos Originais

    Aguero, Gustavo Cálcena; Lemme, Eponina M. O.; Alvariz, Ângela; Carvalho, Beatriz Biccas; Schechter, Rosana B.; Abrahão Jr., Luiz

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Na doença do refluxo gastroesofágico pode-se encontrar, como parte do quadro clínico da doença, queixas respiratórias, otorrinolaringológicas, dor torácica ou disfagia. As duas primeiras são intituladas de manifestações supra-esofágicas da doença. É discutível a prevalência destas alterações em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico nas formas erosiva e não-erosiva. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de manifestações supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva. MÉTODOS: Foram revistas as fichas de pacientes que realizaram endoscopia digestiva alta, esofagomanometria e pHmetria prolongada nos últimos 5 anos, na investigação de doença do refluxo gastroesofágico (pirose como queixa principal), em que havia informações a respeito de queixas respiratórias e otorrinolaringológicas. Foram selecionados pacientes com doença do refluxo erosiva (graus I a III, pela classificação de Savary-Miller) e com doença do refluxo não-erosiva (endoscopia negativa, com pHmetria prolongada anormal). A análise estatística utilizou o teste de qui-quadrado. RESULTADOS: Duzentos e oitenta pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 162 com doença do refluxo erosiva (70% com esofagite grau I) e 118 com doença do refluxo não-erosiva. No grupo total, 88 apresentavam queixas otorrinolaringológicas (31%), com predomínio de rouquidão e pigarro e 42, queixas respiratórias (15%), predominando a tosse crônica. Dos pacientes com queixas otorrinolaringológicas, 45 pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva (28%) e 43 ao grupo doença do refluxo não-erosiva (36,4%). Em relação aos com queixas respiratórias, 21 pacientes (13%) pertenciam ao grupo doença do refluxo erosiva e 21 (18%) ao grupo doença do refluxo não-erosiva. CONCLUSÃO: Não houve diferença entre a prevalência das queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Respiratory, ear-nose and throat complaints, chest pain and dysphagia can be a part of clinical manifestations of gastroesophageal reflux disease. The first two are named supraesophageal manifestations of gastroesophageal reflux disease. Controversy about the prevalence of these clinical manifestations in patients with non-erosive and erosive gastroesophageal reflux disease exists. AIMS: Evaluate the prevalence of supraesophageal manifestations in patients with erosive and non-erosive gastroesophageal reflux disease. METHODS: Files from patients submitted to upper endoscopy, esophageal manometry and pH monitoring for the investigation of gastroesophageal reflux disease (heartburn as the chief complaint) were reviewed and respiratory and ear, nose and throat symptoms were recorded. Patients with erosive disease (grades I to III according to Savary-Miller classifi cation) and with non-erosive disease (normal endoscopy with abnormal pH monitoring were selected. Statistical analysis included the chi-square test. RESULTS: Two hundred and eighty patients fulfi lled the inclusion criteria being 162 with erosive disease (70% with grade I esophagitis) and 118 with non-erosive disease. Overall, 88 patients had ear, nose and throat symptoms (31%), the more frequent were hoarseness and clearing and 42, respiratory manifestations (15%), being cough the more prevalent. In the ear, nose and throat symptoms group, 45 were erosive disease (28%) and 43 non-erosive disease (36.4%). As for the respiratory symptom group, 21 patients (13%) were erosive disease and 21 (18%) were non-erosive disease. CONCLUSION: There was no difference in the prevalence of supraesophageal manifestations between patients with gastroesophageal erosive and non-erosive reflux disease.
  • Efeito da cirurgia de desconexão ázigo-portal com esplenectomia na imunidade de doentes com hipertensão portal esquistossomótica Original Articles

    Ferreira, Fabio Gonçalves; Forte, Wilma Carvalho Neves; Assef, José Cesar; Capua Jr., Armando de

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A cirurgia de desconexão ázigo-portal com esplenectomia é utilizada no tratamento da complicação hemorrágica varicosa dos esquistossomóticos hepatoesplênicos com hipertensão do sistema portal, no Serviço de Fígado e Hipertensão Portal da Santa Casa de São Paulo. Envolvendo a esplenectomia, os riscos infecciosos e alterações imunológicas imputados a ela têm importância significativa. A esplenectomia subtotal e o auto-implante esplênico foram alternativas descritas para minimizar as conseqüências da esplenectomia nesses doentes. OBJETIVO: Avaliar o estado imunológico dos esquistossomóticos hepatoesplênicos e qual a alteração imunológica imposta pelo procedimento nesses doentes. MÉTODO: Vinte e oito esquistossomóticos com hipertensão portal e episódio hemorrágico varicoso foram estudados prospectivamente antes, 15 e 30 dias e 3 e 6 meses após a desconexão ázigo-portal com esplenectomia. Realizou-se contagem de linfócitos T, B, células CD4+ e CD8+ através de anticorpos monoclonais e dosagem das imunoglobulinas A, M, G e frações C3 e C4 do sistema complemento por imunodifusão radial. RESULTADOS: Obteve-se diminuição importante de todas as células, aumento de IgG e níveis normais de IgM, IgA, C3 e C4 no pré-operatório. A relação CD4+/CD8+ foi normal. Seis meses após a cirurgia, houve aumento significativo do número de linfócitos T, CD4+, CD8+ e linfócitos B. A relação CD4+/CD8+ manteve-se normal, sem variação. Houve aumento significativo nos níveis de C3. IgA, IgM, IgG e C4 também aumentaram, mas sem diferença significativa. CONCLUSÃO: Os linfócitos T, suas subpopulações CD4+ e CD8+, e os linfócitos B estão diminuídos no pré-operatório. Decorridos 6 meses da desconexão ázigo-portal com esplenectomia houve aumento do número de linfócitos T, das subpopulações CD4+ e CD8+, e dos linfócitos B. Após a desconexão ázigo-portal com esplenectomia não houve alteração das dosagens de imunoglobulinas nem diminuição do sistema complemento.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Surgical treatment of hemorrhagic complication in schistosomal portal hypertension in our hospital is an esophagogastric devascularization procedure with splenectomy. Infectious risks and immunological alterations imputed to splenectomy may have significant importance. To minimize the consequences of spleen absence, the use of subtotal splenectomy and spleen auto-transplantation were stimulated. AIM: To verify the immunologic alterations imposed by this procedure in our patients. METHOD: Twenty-eight patients with schistosomal portal hypertension and previous history of upper digestive bleeding due to esophagogastric varices rupture underwent elective esophagogastric devascularization and splenectomy. They were prospectively studied before esophagogastric devascularization procedure with splenectomy, 15 and 30 days, 3 and 6 months after the procedure. T and B-lymphocytes, CD4 and CD8 subpopulations were determinated by monoclonal antibodies. Immunoglobulins A, M, G and C3, C4 components of the complement were determinated by radial immunodiffusion. RESULTS: We observed important reduction of all immune cells, increase of IgG and normal levels of IgM, IgA, C3 and C4 at preoperative. CD4/CD8 relation was normal. Six months after esophagogastric devascularization procedure with splenectomy, significant increase in T-lymphocytes, CD4, CD8 and B-lymphocytes were observed. CD4/CD8 relation remained normal. We noted significant increase in C3. IgA, IgM, IgG and C4 had increased, but without significant difference. CONCLUSION: Esophagogastric devascularization procedure with splenectomy determines an increase in T and B-lymphocytes, CD4 and CD8 subpopulations without compromising immunoglobulins and components of complement levels.
  • Doença hepática não-alcoólica: evolução após derivação gastrojejunal em Y-de-Roux pela técnica de fobi-capella Artigos Originais

    Freitas, Alexandre Coutinho Teixeira de; Freitas, Diane Teixeira de; Parolin, Mônica Beatriz; Campos, Antônio Carlos Ligocki; Coelho, Júlio Cezar Uili

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A doença hepática não-alcoólica apresenta alta prevalência entre pacientes com obesidade mórbida, podendo evoluir de esteatose hepática até esteatohepatite e cirrose. OBJETIVO: Determinar o efeito da derivação gástrica na incidência de doença hepática não-alcoólica e co-morbidades relacionadas em pacientes com obesidade mórbida. MÉTODOS: Os pacientes foram prospectivamente avaliados no pré-operatório e, no mínimo, após 6 meses de pós-operatório. Foram analisados: dados antropométricos, co-morbidades, medicamentos em uso, colesterol, triglicerídeos, provas hepáticas e incidência de doença hepática não-alcoólica. Todos os pacientes com alteração de provas hepáticas foram submetidos a biopsia hepática no peroperatório. RESULTADO: Vinte e oito pacientes com doença hepática não-alcoólica foram incluídos no estudo com índice de massa corpórea médio de 42 ± 4 kg/m². Vinte e cinco pacientes apresentaram 59 co-morbidades, sendo as mais freqüentes: elevação de triglicerídeos (n = 23), elevação de colesterol total (n = 13) e hipertensão arterial (n = 11). Foram submetidos a biopsia 22 pacientes: 10 apresentaram esteatose macrogoticular moderada, 5 esteatose macrogoticular discreta e 7 esteatohepatite. Os doentes foram analisados em média após 230 dias de pós-operatório. Apresentaram perda de 64% do excesso de peso, redução do índice de massa corpórea médio para 29,6 ± 3 kg/m² e 21 co-morbidades em 13 pacientes. Houve diminuição estatisticamente significante do número dos acometidos de elevação de triglicerídeos, elevação de colesterol total, hipertensão arterial e na incidência de doença hepática não-alcoólica. CONCLUSÃO: A perda de peso proporcionada pela derivação gastrojejunal em Y-de-Roux pela técnica de Fobi-Capella em pacientes com doença hepática não-alcoólica está associada à diminuição de sua incidência e de outras co-morbidades.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Nonalcoholic fatty liver disease is highly prevalent among morbidly obese patients and can progress from steatosis to steatohepatitis and chronic liver disease. AIM: To determine the effect of gastric bypass operation in the incidence of fatty liver disease and associated co-morbidities in morbidly obese patients. METHODS: Patients were prospectively evaluated in the pre-operative period and after at least 6 months after operation. We analysed: antropometric data, co-morbidities, use of medications, cholesterol and triglycerides levels, liver tests and incidence of nonalcoholic fatty liver disease. All patients with abnormal liver tests were subjected to per-operative liver biopsy. RESULTS: Twenty eight patients with nonalcoholic fatty liver disease with a mean body mass index of 42 ± 4 kg/m² were evaluated. Twenty five patients had 59 co-morbidities and the most frequent were: elevated triglycerides (n = 23), elevated cholesterol (n = 13) and elevated blood pressure (n = 11). Biopsy was done in 22 patients: 10 presented moderate steatosis, 5 mild steatosis and 7 steatohepatitis. After follow-up of 230 days in average they presented weight excess loss of 64%, body mass index reduction to 29,6 ± 3 kg/m² and 21 co-morbidities in 13 patients. There was a significant decrease in the number of patients with elevated triglycerides, elevated cholesterol, elevated blood pressure and in the incidence of nonalcoholic fatty liver disease. CONCLUSION: The weight loss secondary to the gastric bypass is associated with decrease in the incidence of nonalcoholic fatty liver disease and other co-morbidities.
  • Prevalência dos genótipos do vírus da hepatite B em imigrantes na Itália com hepatite crônica ativa pelo vírus B Original Articles

    Palumbo, Emilio; Scotto, Gaetano; Faleo, Giuseppina; Cibelli, Donatella Concetta; Saracino, Annalisa; Angarano, Gioacchino

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A heterogeneidade do genoma do vírus da hepatite B (VHB) foi estabelecida e oito genótipos podem ser classificados de acordo com o critério de diferenças de percentagem maior ou igual a 8 na seqüência completa do nucleotídeo do genoma vira!. OBJETIVOS: Verificar a prevalência da infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) em uma população de imigrantes na Itália e determinar os genótipos do VHB em pacientes com níveis séricos detectáveis do VHB-DNA. MÉTODOS: Entre janeiro e dezembro de 2005, o total de 556 imigrantes foram testados para o HbsAg. Se positivos, a atividade bioquímica e viral da infecção e a possível presença de co-infecções (HVC, HVD e HIV) foram examinadas. Nos pacientes positivos para o VHB-DNA, o genótipo do VHB foi determinado pelo método INNOLiPA. RESULTADOS: Entre os 556 pacientes, 60 (10,7%) tinham HbsAg positivo. Todos eram do sexo masculino e 42 (70%), provenientes da África, 10 (16,6%) da Ásia e 9 (14,4%) do Leste Europeu. 28/60 (46,6%) apresentaram níveis de ALT normais (<40 UI/L) e soro negativo ou indetectável para o VHB-DNA (<100 copies/mL PCR "real-time"), enquanto 32 (53,4%) tinham níveis mais elevados de ALT e soro positivo para VHB-DNA. A distribuição do genótipo foi a seguinte: genótipo E, 16 (50%), genótipo D, 9 (28,1%), genótipo A, 7 (21,1%). CONCLUSÃO: O estudo evidencia a prevalência moderada do HVB em imigrantes, particularmente na população africana, sub-Sahara e o potencial fluxo migratório na introdução da hepatite B, genótipo não-D, potencialmente caracterizada pela história natural e possivelmente levar à diferença no tratamento anti-viral.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: The genetic heterogeneity of the HBV genome has been established and eight genotypes can be classified according to the criterion of >8% differences in the complete nucleotide sequence of the viral genome. AIMS: To evaluate the prevalence of HBV-infection in a population of immigrants and to determine in patients with detectable serum HBV-DNA the HBV-genotypes. METHODS: Between January 2005 and December 2005 a total of 556 immigrants were tested for HBsAg. In HBsAg positive patients the biochemical and virological activity of infection and the possible presence of co-infections (HCV, HDV, HIV) were evaluated. In patients with detectable serum HBV DNA, the HBV-genotype was determined by INNOLiPA. RESULTS: Among the 556 subjects tested, 60 (10.7%) resulted HBsAg positive. All were men, and 42 (70%) come from Africa, 10 (16.6%) from Asia and 9 (14.4%) from East-Europe. 28/60 (46.6%) patients presented normal ALT levels (<40 IU/L) and undetectable serum HBV DNA (<100 copies/mL in real-time PCR), while 32 (53.4%) patients had ALT levels above laboratory normal values and detectable serum HBV DNA. Genotype distribution was as follow: genotype E, 16 (50%), genotype D, 9 (28.1%), genotype A, 7 (21.9%). CONCLUSION: Our study evidences a moderate prevalence of HBV-infection in immigrants, particularly in sub-Saharan African people, and the potentiality of migratory flow in the introduction of genotype non-D hepatitis B virus, potentially characterized by a different natural history and, possibly, a different response to antiviral treatment.
  • Diagnóstico da infecção oculta pelo vírus da hepatite B em pacientes com hepatopatia crônica pelo vírus C Original Articles

    Branco, Fernanda; Mattos, Angelo Alves de; Coral, Gabriela Perdomo; Vanderborght, Bart; Santos, Diogo Edele; França, Paulo; Alexander, Cláudio

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A prevalência e as conseqüências da infecção oculta pelo VHB em pacientes com infecção crônica pelo VHC permanecem desconhecidas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da infecção oculta pelo VHB em uma população de pacientes infectados com o VHC e carcinoma hepatocelular. MÉTODOS: Amostras de soro foram testadas para o DNA do VHB por "nested" PCR e análise do tecido hepático utilizando imunoistoquímica de 66 pacientes HBsAg negativos: 26 pacientes com hepatite crônica pelo VHC (grupo 1), 20 com carcinoma hepatocelular relacionado ao VHC (grupo 2) e 20 com marcadores negativos para os vírus das hepatites B e C (grupo controle). RESULTADOS: Infecção oculta pelo VHB foi diagnosticada no tecido hepático de 9/46 (19.5%) pacientes com infecção pelo VHC. A prevalência foi avaliada nos pacientes com VHC com e sem carcinoma hepatocelular, estando presente em sete (77.7%) deste último grupo, conferindo 35% de infecção oculta pelo VHB nos pacientes com carcinoma hepatocelular. Nenhuma amostra de soro foi positiva para o DNA-VHB nos três grupos. CONCLUSÃO: A infecção oculta B é freqüentemente detectada no tecido hepático de pacientes infectados com VHC, especialmente nos casos de carcinoma hepatocelular. Entretanto, outros estudos com maior número de pacientes são necessários para confirmar se a co-infecção determina a progressão da doença hepática nesta população.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: The prevalence and consequences of occult HBV infection in patients with chronic liver disease by HCV remain unknown. AIMS: To evaluate the prevalence of occult HBV infection in a population of HCV-infected patients with hepatocellular carcinoma. METHODS: The serum samples were tested for HBV DNA by nested PCR and liver tissue analysis was carried out using the immunohistochemical technique of 66 HBsAg-negative patients: 26 patients with chronic hepatitis by HCV (group 1), 20 with hepatocellular carcinoma related to chronic infection by HCV (group 2) and 20 with negative viral markers for hepatitis B and C (control group). RESULTS: Occult HBV infection was diagnosed in the liver tissue of 9/46 (19.5%) HCV-infected patients. Prevalence of occult B infection was evaluated in the HCV-infected patients with and without hepatocellular carcinoma, and there were seven (77.7%) of whom from group 2, conferring a 35% prevalence of this group. No serum sample was positive for HBV DNA in the three groups. CONCLUSION: Occult infection B is frequently detected in liver tissue of HCV-infected patients, especially in cases of hepatocellular carcinoma. However large studies are needed to confirm that co-infection could determine a worse progress of chronic liver disease in this population.
  • Variação polimórfica de microssatélites mononucleotídicos em indivíduos normais e sua implicação no rastreamento de instabilidade de microssatélites Original Articles

    Cossio, Silvia Liliana; Coura, Renata dos Santos; Bortolini, Maria Cátira; Giugliani, Roberto; Ashton-Prolla, Patricia; Prolla, João Carlos

    Resumo em Português:

    RACIONAL: No Brasil, o câncer colorretal é o sexto tumor em freqüência e o quinto em mortalidade. Marcadores moleculares têm sido associados com o prognóstico da doença, especialmente em relação à resposta terapêutica e taxa de sobrevida. Dentre eles, a instabilidade de microssatélites tem sido amplamente estudada. O estado de instabilidade de microssatélites é usualmente determinado pela comparação entre tecido tumoral e tecido normal correspondente de um mesmo paciente e a instabilidade se caracteriza pela diferença no perfil do produto de amplificação por PCR destes tecidos em um determinado locus. Usualmente, é utilizado um painel de cinco marcadores para este propósito. Dois deles (BAT-25 e BAT-26) são considerados monomórficos em populações de origem européia. OBJETIVO: Analisar a freqüência de variação constitutiva nos loci BAT-25 e BAT-26 em amostra de indivíduos do sul do Brasil. MÉTODOS: Duzentos e dezesseis indivíduos saudáveis e não relacionados foram analisados para determinar a freqüência de variação alélica nestes loci. O rastreamento de variantes alélicas foi feito por "polymerase chain reaction - single strand conformation polymorphism" (PCR-SSCP). RESULTADOS: Observou-se possível variação alélica constitutiva em 7% e 6% dos pacientes nos loci BAT-25 e BAT-26, respectivamente. CONCLUSÃO: Estes resultados indicam que há significativa variação alélica constitucional nos loci BAT-25 e BAT-26 em grupos selecionados, como nesta amostra de indivíduos brasileiros, e reforça a importância de estudos comparativos entre tecido tumoral e o tecido normal correspondente para identificar instabilidade de microssatélites em populações determinadas.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Colorectal cancer is the sixth most common tumor and the fifth in mortality in Brazil. Molecular markers have been associated with disease prognosis, especially in relation to therapeutic response and overall survival rates. Among these, microsatellite instability has been extensively studied. Microsatellite stability status is usually determined by comparison of normal and tumoral tissues from the same patient and instability is characterized by the difference in the PCR-amplification profile of these tissues at a given locus. Usually, a panel of five markers is used for this purpose. Two of them (BAT-25 and BAT-26) are considered monomorphic in populations of European origin. AIM: To analyse the frequency of constitutive polymorphic variation at BAT-25 and BAT-26 loci in a sample of individuals from Southern Brazil. METHODS: Two-hundred and sixteen healthy and unrelated individuals were analised to assess the frequency of allelic variation at the BAT-25 and BAT-26 loci in DNA extracted from peripheral blood. Analysis was done by polymerase chain reaction - single strand conformation polymorphism (PCR-SSCP). RESULTS: From the sample of patients studied, 7% and 6% of the patients had possible constitutive allelic variation at the BAT-25 and BAT-26 loci, respectively. CONCLUSIONS: These results indicate that significant constitutive allelic variation of these loci does occur in heterogeneous populations such as ours, and reinforce the importance of comparative studies between tumoral and corresponding normal tissue to determine microsatellite stability status and correctly identify microsatellite instability in selected populations.
  • Peritonite bacteriana espontânea: impacto das mudanças da microbiologia Artigos Originais

    Almeida, Paulo Roberto Lerias de; Camargo, Nutianne Schneider; Arenz, Maximilhano; Tovo, Cristiane Valle; Galperim, Bruno; Behar, Paulo

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A peritonite bacteriana espontânea é uma complicação grave nos pacientes cirróticos com ascite, sendo as alterações das características microbiológicas relatadas nos últimos anos de impacto na escolha do tratamento antibiótico. OBJETIVO: Avaliar as mudanças na epidemiologia e na resistência antibiótica de bactérias causadoras de peritonite bacteriana espontânea em um período de 7 anos. MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente todos os casos de pacientes cirróticos com peritonite bacteriana espontânea cuja cultura do líquido de ascite foi positiva, sendo estudados dois períodos: 1997-1998 e 2002-2003. Foram verificados os microorganismos mais freqüentes e a sensibilidade in vitro aos antibióticos. RESULTADOS: No primeiro período (1997-1998) houve 33 casos, sendo 3 (9%) com infecção polimicrobiana. As bactérias mais freqüentes foram: E. coli em 13 (36,11%), estafilococos coagulase-negativos em 6 (16,66%), K. pneumoniae em 5 (13,88%), S. aureus em 4 (11,11%) e S. faecalis em 3 (8,33%). Em 2002-2003, houve 43 casos, sendo 2 (5%) com infecção polimicrobiana. As bactérias mais freqüentes foram: estafilococos coagulase-negativos em 16 (35,55%) S. aureus em 8 (17,77%), E. coli em 7 (15,55%) e K. pneumoniae em 3 (6,66%). Nenhum paciente realizava profilaxia para peritonite bacteriana espontânea. A prevalência de S. aureus meticilino-resistentes aumentou, no decorrer desse período, de 25% para 75%, tendo a resistência desse patógeno às quinolonas e a sulfametoxazol-trimetoprim evoluído de 25% para 50%; somente a vancomicina demonstrou atividade absoluta no decorrer do referido período. Da mesma forma, a prevalência de E. coli resistente às cefalosporinas de terceira geração e às quinolonas aumentou de 0% para 16%. CONCLUSÃO: Houve modificação da população bacteriana causadora de peritonite bacteriana espontânea, com freqüência aumentada de microorganismos gram-positivos, bem como houve aumento da resistência aos antibióticos tradicionalmente utilizados. O estudo sugere a provável iminente inclusão de droga eficaz contra gram-positivos no tratamento empírico da peritonite bacteriana espontânea.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Spontaneous bacterial peritonitis is a serious complication in cirrhotic patients, and the changes in the microbiological characteristics reported in the last years are impacting the choice of antibiotic used in the treatment. AIM: To evaluate the change in the epidemiology and antibiotic resistance of the bacteria causing spontaneous bacterial peritonitis in a 7 years period. METHODS: All the cases of cirrhotic patients with spontaneous bacterial peritonitis with positive cultural examination were retrospectively studied. Two periods were evaluated: 1997-1998 and 2002-2003. The most frequent infecting organisms and the sensitivity in vitro to antibiotics were registered. RESULTS: In the first period (1997-1998) there were 33 cases, 3 (9%) with polymicrobial infection. The most common were: E.coli in 13 (36,11%), Staphylococcus coagulase-negative in 6 (16,66%), K. pneumoniae in 5 (13,88%), S. aureus in 4 (11,11%) and S. faecalis in 3 (8,33%). In 2003-2004, there were 43 cases, 2 (5%) with polymicrobial infection. The most frequent were: Staphylococus coagulase-negative in 16 (35,55%), S. aureus in 8 (17,77%), E. coli in 7 (15,55%) and K. pneumoniae in 3 (6,66%). No one was using antibiotic prophilaxys. The prevalence of S. aureus methicillin-resitant to quinolone and trimethoprim-sulfamethoxazole changed from 25% to 50%, and vancomicin was the only one with absolute activity during all the period. In the same way, the prevalence of E. coli resistant to third generation cephalosporin and to quinolone changed from 0% to 16%. CONCLUSION: There was a modification of the bacterial population causing spontaneous bacterial peritonitis, with high frequency of gram-positive organisms, as well as an increase in the resistance to the traditionally recommended antibiotics. This study suggests a probable imminent inclusion of a drug against gram-positive organisms in the empiric treatment of spontaneous bacterial peritonitis.
  • Modelo experimental de indução de lesão oxidativa hepática em ratos por halotano Gastroenterologia Experimental

    Brasil, Luis Josino; Amaral, José Luiz Gomes do; Zettler, Claudio Galeano; Marroni, Claudio Augusto; Vercelino, Rafael; Marroni, Norma

    Resumo em Português:

    RACIONAL: O anestésico halotano pode ser metabolizado redutivamente a intermediários reativos que podem iniciar a lipoperoxidação acompanhada de injúria hepática. O tratamento prévio com hipóxia e fenobarbital em ratos aumenta o metabolismo do halotano e o estresse oxidativo e causa mudanças nas enzimas antioxidantes no fígado com dano hepático. MÉTODOS: Investigou-se o efeito do halotano na lipoperoxidação e histologia hepáticas após o aumento do metabolismo redutor do halotano induzido pela hipóxia e fenobarbital. Vinte e cinco ratos machos Wistar foram divididos em cinco grupos: Co (controle), HO14 (Halotano/Hipóxia), F (Fenobarbital), O14 (Hipóxia) e H (Halotano). Após 24 horas os ratos foram sacrificados, seus fígados foram retirados para determinar quimiluminescência, substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico, enzimas antioxidantes, superóxido dismutase, catalase e amostras de sangue foram tomadas para determinar AST e a ALT. A avaliação histopatológica foi realizada pela técnica de hematoxilina-eosina. Os dados da avaliação histológica foram apresentados através de mediana e amplitude entre quartis. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A exposição ao halotano/hipóxia causou lipoperoxidação hepática e mudanças significativas na atividade das enzimas antioxidantes. Além disso, provocou lesão histopatológica do fígado e aumento significativo dos níveis plasmáticos de AST e ALT.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: The anesthetic halothane can be reductively metabolized to reactives intermediates that may initiate lipid peroxidation accompanied by hepatic injury. Hypoxia and phenobarbital pretreatment in rats increases metabolism of halothane, the oxidative stress, cause liver antioxidant enzymes changes and tissue damage. AIMS: We investigated the effect of halothane on hepatic lipid peroxidation and on hepatic histology after increases reductive metabolism of halothane caused by hypoxia and phenobarbital pretreatment. METHODS: Twenty-five male wistar rats were divided in five equals groups: CO (Control), HO14 (Halothane/Hypoxia), F (fenobarbital alone), O14 (Hypoxia alone) and H (Halothane alone). After 24 hours the rats were killed, their livers removed to determine chemoluminescence, thiobarbituric acid-reactive substances, catalase, superoxide dismutase, and blood samples were taken to determine AST and ALT. The histopathologic evaluation was performed with hematoxylin and eosin staining. Histopathologic scores are presented as 25th-75th percentile/range values and median ± range. RESULTS/CONCLUSION: Halothane-hypoxic exposure resulted in a significant changes in the activities of antioxidant enzymes, and induced hepatic lipoperoxidation. Moreover it resulted in histopathologic liver injury as well as significant increase of serum activity of AST and ALT.
  • Resultado do inquérito nacional sobre condutas no acompanhamento e no tratamento da recurrência da hepatite C em portadores de vírus C submetidos a transplante de fígado Inquérito Nacional

    Bittencourt, Paulo Lisboa; Silva, Rita de Cássia Silva Martins Alves da; Pessoa, Mário Guimarães; Marroni, Cláudio Augusto

    Resumo em Português:

    RACIONAL: A recurrência da hepatite C no período pós-operatório do transplante hepático é um dos principais desafios atualmente enfrentados pela comunidade transplantadora. O tratamento com interferon peguilado e ribavirina tem sido associado à resposta virológica sustentada em 21% a 45% dos casos e constitui a única conduta eficaz, até o momento, para mudar o curso da progressão acelerada da doença no período pós-operatório do transplante hepático, que pode levar à perda do enxerto e à necessidade de retransplante. No entanto, a portaria n° 863 do Ministério da Saúde não disponibiliza esse tratamento para pacientes com recidiva da hepatite C após o transplante hepático. OBJETIVOS: Avaliar as condutas de acompanhamento e tratamento de pacientes com vírus C submetidos a transplante hepático em diferentes centros nacionais. MÉTODOS: Foram enviados questionários à maioria dos centros de transplante hepático nacionais de adultos sobre condutas acerca de acompanhamento e/ou tratamento de pacientes com hepatite C. RESULTADOS: Dezenove centros nacionais que congregam mais de 2 800 pacientes (51% com hepatite C) submetidos a transplante hepático responderam o questionário. A maioria (53%) usa tacrolimus e prednisona como esquema de indução e 32% usam esquemas diferenciados para hepatite C. Treze centros fazem biopsia protocolar para seguimento, sendo empregados diferentes critérios histológicos para diagnóstico de recurrência. Todos os centros indicam tratamento com interferon peguilado e ribavirina apenas na recurrência histológica da hepatite C e 46% empregam estádios de fibrose inferiores a F2 de acordo com a classificação METAVIR, mais leves do que aqueles preconizados para tratamento de pacientes não transplantados. A duração do tratamento é de 1 ano em 32% dos centros, baseada no genótipo em 21% e a la carte em 47%. A maioria dos centros (84%) não interrompe o tratamento na 12ª semana, na ausência de resposta virológica. CONCLUSÕES: A despeito da portaria nº. 863 do Ministério da Saúde, todos os centros estão viabilizando tratamento mediante acordo com secretarias regionais de saúde ou por intermédio de liminares concedidas aos pacientes pela justiça comum.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Recurrence of hepatitis C after orthotopic liver transplantation is one of the major clinical challenges faced by the liver transplantation community. Treatment of hepatitis C recurrence with peguilated interferon and ribavirin has been associated with sustained virological response in 21% to 45% of treated patients. Furthermore, it has been shown to halt disease progression after orthotopic liver transplantation and to prevent graft failure and the need for retransplantation at least in those subjects with sustained virological response. However, treatment of hepatitis C recurrence after orthotopic liver transplantation in Brazil was not recommended according to ministerial Law number 863. AIMS: To assess the management and treatment options of hepatitis C recurrence after orthotopic liver transplantation in different liver transplantation centers in Brazil. METHODS: Inquiries were sent to active liver transplantation centers throughout the country. RESULTS: Nineteen centers accepted to participate and answered the questionnaire. Altogether they transplanted around 2,800 subjects, half of them with hepatitis C. Immunosuppressive regimen is comprised by tacrolimus and short-term prednisone in 53% of the centers. One third of them claim to use different schedules for hepatitis C patients. Protocol biopsies for diagnosis of recurrence are employed by 13 centers. Different histological criteria are used for the either diagnosis or decision for treatment in most of the centers. Approximately half of them (42%) indicate treatment in subjects with less severe stages of fibrosis (less than F2 according to METAVIR classification). All centers are referring patients for treatment with peguilated interferon and ribavirin, for 1 year, for 6 months or 1 year based on the genotype, or a la carte based on response, respectively, in 32%, 21% and 47% of the centers. Most of them (84%) do not stop treatment in early non-responders at the 12th week. CONCLUSIONS: Even in the absence of national guidelines and federal support, most of the liver transplantation centers in Brazil are treating patients with hepatitis C recurrence after orthotopic liver transplantation.
  • Seleção e uso de antibióticos em infecções intra-abdominais Revisão

    Coelho, Júlio Cezar Uili; Baretta, Giorgio Alfredo Pedroso; Okawa, Luciano

    Resumo em Português:

    RACIONAL: Infecções intra-abdominais são comuns e apresentam elevada morbidade e mortalidade e os agentes infecciosos responsáveis por tais afecções são geralmente os da flora gastrointestinal, em especial a E. coli e Bacteroides fragilis. OBJETIVO: Apresentar uma revisão da seleção e uso de antibióticos em infecções intra-abdominais. CONCLUSÕES: O uso adequado de antibióticos é fundamental para o controle mais rápido da infecção e reduzir a possibilidade de falha no tratamento. A terapia antimicrobiana é iniciada na suspeita de infecção intra-abdominal e os agentes antibióticos selecionados são utilizados de acordo com os germes mais prováveis de serem encontrados no local da infecção. Além disso, eficácia, custo, segurança e comodidade posológica são considerados para uma seleção mais apropriada. Diferentes esquemas são utilizados em infecções intra-abdominais comunitárias e hospitalares devido à flora mais resistente destas últimas.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND: Intra-abdominal infections are common and are associated with elevated morbidity and mortality. The microorganisms that cause intra-abdominal infections are usually from the gastrointestinal flora, mainly E. coli and Bacteroides fragilis. AIM: To present a review of the selection and use of antibiotics in intra-abdominal infections. CONCLUSIONS: Appropriate use of antibiotics is essential to control infection and to reduce treatment failure. Antibiotics are initiated whenever intra-abdominal infection is suspected and the antimicrobial agents are selected based on the most common microorganisms involved. In addition, efficacy, cost, safety, and posologic regimen are considered for an appropriated selection. Antibiotic regimen is different whether the infection is acquired in the community or at hospital due to the more resistant flora in the latter.
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. Rua Dr. Seng, 320, 01331-020 São Paulo - SP Brasil, Tel./Fax: +55 11 3147-6227 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br