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Qualidade da água nos trechos lóticos do rio das Antas antes e após a construção da usina hidrelétrica Monte Claro, sul do Brasil

OBJETIVOS: Este estudo caracterizou a qualidade da água nos trechos lóticos do rio das Antas influenciados pela construção da usina hidrelétrica Monte Claro, com reservatório tipo fio d'água. MÉTODO: Foram selecionados quatro pontos do programa de monitoramento da qualidade da água executado pela CERAN - Companhia Energética rio das Antas, nos períodos pré-enchimento (2002-2004) e pós-enchimento (2005 a 2008). Foi monitorada a vazão do rio pré e pós-enchimento do reservatório. As amostragens foram sazonais, e utilizadas as variáveis alcalinidade, clorofila a, coliformes totais e fecais, condutividade, cor, DBO, DQO, fósforo total, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal, oxigênio dissolvido, pH, sólidos dissolvidos totais, sólidos suspensos, sulfatos, temperatura e turbidez. Estes resultados foram interpretados de acordo com a Resolução CONAMA 357/05, o Índice de Qualidade da Água e Índice de Estado Trófico. Foi utilizado o teste-t para verificar a ocorrência de alterações em um mesmo ponto antes e depois da entrada em operação da usina. RESULTADOS: Não foram observadas mudanças significativas na qualidade da água depois do barramento. A permanência das características hidrográficas naturais foi importante na manutenção da qualidade da água. A diminuição da qualidade da água em trecho da alça de vazão reduzida foi provocada pela arroio Burati que desemboca no trecho e apresenta grande contribuição de nutrientes e coliformes fecais. CONCLUSÕES: A usina hidroelétrica Monte Claro não alterou a qualidade de água do rio das Antas. O reservatório de dimensões pequenas formado pelo projeto favorece a manutenção da qualidade de água do rio e não favorece a eutrofização. Deve ser dada atenção ao arroio Burati, tributário do rio das Antas, por sua alta concentração de nutrientes e de coliformes.

Rio das Antas; barragens; limnologia de rios; IQA; IET


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