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Mudanças no regime das águas determinam a abundância de grupos tróficos de copépodes em uma planície de inundação Neotropical?

Resumo

Objetivo

Nosso estudo avaliou os efeitos de eventos climáticos extremos e condições ambientais sobre os grupos tróficos (herbívoros e onívoros) de copépodes na planície de inundação do alto rio Paraná.

Métodos

O zooplâncton foi coletado e copépodes e rotíferos foram analisados em nove ambientes da planície de inundação do alto rio Paraná, durante os anos de 2000 e 2010, períodos que ocorreram os eventos climáticos La Niña (seca) e El Niño (cheia), respectivamente.

Resultados

Os resultados sugerem que em períodos de seca extrema (La Niña) as variáveis associadas a produtividade atuem como forças determinantes sobre a abundância de grupos tróficos de copépodes devido a contração dos ecossistemas aquáticos. As respostas entre as abundâncias dos grupos tróficos divergem apesar de estarem associados a produtividade do sistema, uma vez que a abundância de herbívoros está associada a clorofila-a e ao fósforo total e dos onívoros à abundância de rotíferos. No período de cheia extrema (El Niño) não foi encontrada relação significativa entre as variáveis ambientais e grupos tróficos.

Conclusões

Acredita-se que em períodos de extrema seca as variáveis associadas à produtividade atuam como forças determinantes na abundância de grupos tróficos de copépodes devido à contração dos ecossistemas aquáticos. De acordo com os resultados encontrados, sugere-se que outros trabalhos sejam realizados com maior número de eventos extremos para corroborar com nossos resultados e, ainda para extrapolar para outras comunidades aquáticas.

Palavras-chave:
eventos climáticos; microcrustáceos; grupos tróficos; planície de inundação


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