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Método para a eclosão de ovos de resistência do zooplâncton tropical: efeitos da seca ou exposição a baixas temperaturas antes da incubação

OBJETIVO: Nesse estudo foram testados os efeitos da secagem ou resfriamento (4 °C) dos ovos de resistência de cladóceros de um sistema aquático tropical sobre as taxas de eclosão e o tempo para eclosão, com o objetivo de determinar quais procedimentos devem ou não ser aplicados para quebrar a dormência de cladóceros oriundos de regiões tropicais; MÉTODOS: Os ovos de resistência de duas espécies de cladóceros foram isolados do sedimento de uma lagoa costeira e secados sob temperatura ambiente ou expostos à baixas temperaturas por quatro meses antes da incubação nas condições de controle; RESULTADOS: Para Moina micrura, tanto a secagem quanto o resfriamento reduziram a proporção de ovos eclodidos, mas a pré-exposição à baixa temperatura também reduziu o tempo para a eclosão. Para Diaphanosoma birgei, o resfriamento não teve efeitos na taxa e no tempo para eclosão. Nenhum dos ovos de D. birgei secos eclodiu após a reidratação; CONCLUSÕES: Os resultados indicam que a pré-exposição de ovos de resistência de cladóceros tropicais a baixas temperaturas não deve ser necessária para quebrar a dormência. Além disso, o resfriamento pode até mesmo reduzir a taxa de eclosão de algumas espécies. Sugere-se que os ovos de resistência de cladóceros tropicais podem ser incubados logo após a amostragem do sedimento ou, se um período para quebrar a dormência for necessário, os ovos devem ser mantidos preferencialmente no escuro e em temperatura ambiente.

taxa de eclosão; dormência; ovos de resistência; Cladocera; zooplâncton tropical


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