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Eficiência de iscas no monitoramento do mandi (Pimelodus maculatus) no canal de fuga de usinas hidrelétricas no sudeste do Brasil

Resumo:

Objetivo

O estudo comparou a eficiência de duas iscas (minhoca e coração de boi) no monitoramento da abundância do mandi (Pimelodus maculatus) no canal de fuga de barragens hidrelétricas, um dos peixes mais frequentemente mortos por manobras de turbinas.

Métodos

As amostragens foram bimestrais, de fevereiro de 2014 a dezembro de 2015, nas usinas hidrelétricas de Camargos e Itutinga, rio Grande, bacia do alto rio Paraná, usando anzóis iscados com minhoca e coração de boi. Usamos modelos lineares generalizados para testar a influência da usina hidrelétrica, tipo de isca, vazão defluente, temperatura, transparência e oxigênio dissolvido da água na abundância calculada pela captura por unidade de esforço de mandis.

Resultados

A maioria dos mandis (73%) foi capturada usando minhoca, mas as capturas por unidade de esforço verificadas para as duas iscas mostraram o mesmo padrão de variação sazonal nas duas usinas. Em ambas as usinas, os mandis capturados com minhoca foram menores que aqueles capturados com coração de boi, e a temperatura da água foi a única variável ambiental significativamente associada à abundância de mandis.

Conclusões

As duas iscas são eficientes para monitorar variações sazonais na abundância do mandi, que é influenciada apenas pela temperatura da água. Monitorar a abundância do mandi no canal de fuga pode auxiliar na redução da mortalidade de peixes, programando manobras arriscadas de turbinas para períodos de menor abundância do mandi.

Palavras-chave:
amostragem de peixes; preferência por isca; mortalidade de peixe, manobra de turbina

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