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Sistema de criação de rã-touro (Lithobates catesbeianus): qualidade da água e mudanças ambientais

INTRODUÇÃO: O cultivo de rãs, se não bem manejado, pode causar danos ambientais. Uso de antibióticos, descarga orgânica e introdução de espécies exóticas podem promover eutrofização, alteração das águas e poluição orgânica afetando o consumo humano. OBJETIVO: Avaliar a qualidade da água de sistema de criação de rã-touro discutindo sobre sua relação com a produção e o meio ambiente baseado na legislação vigente. MÉTODOS: As amostragens foram mensais de novembro/2006 a março/2007, abrangendo as fases de crescimento e engorda de rã touro Lithobates catesbeianus. Os locais de amostragem foram de acordo com o fluxo hídrico: a montante da zona de mistura, afluente (abastecimento), baia de criação, efluente, zona de mistura e a sua jusante. No campo, foram medidos os valores de pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, temperatura e turbidez. No laboratório foram analisadas as séries de nitrogênio e fósforo bem como a clorofila a. RESULTADOS: A concentração de nutrientes foi determinante da qualidade da água da baia e de seu efluente. Com relação à legislação vigente, o efluente excedeu os limites estabelecidos para fósforo total (> 0,030 mg L-1) e nitrogênio total (> 1,27 mg L-1). CONCLUSÃO: Elevados valores de nutrientes e de outros fatores como condutividade e turbidez foram proporcionais ao crescimento dos animais podendo ser relacionadas às práticas de manejo inadequadas evidenciadas pela taxa de conversão alimentar. As seguintes alternativas de manejo são propostas: manutenção da vazão e diminuição da densidade de animais; manutenção da vazão e da densidade de estocagem com controle adequado da oferta de alimento.

manejo; aquicultura; fósforo; nitrogênio; efluente


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