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Comparando o desempenho de diferentes sistemas de classificação de riachos utilizando macroinvertebrados aquáticos

OBJETIVO: Avaliamos cinco sistemas de classificação de riachos observando: 1) diferenças na riqueza, abundância e composição da comunidade de invertebrados em riachos entre as classes das classificações utilizadas e 2) qual o melhor esquema de classificação usando macroinvertebrados. Concomitante, avaliamos os efeitos da resolução taxonômica e tipo de dados (abundância e presença/ausência) sobre os resultados. MÉTODOS: Cinco sistemas de classificação de riachos foram adotados, sendo dois baseados em hidrorregiões, ecorregiões aquáticas, ordem do rio e a partir do agrupamento de variáveis ambientais amostradas em 37 riachos no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Utilizamos um teste de aleatorização e uma db-MANOVA para avaliar diferenças na riqueza, abundância e comunidades entre as classes de riacho para cada classificação utilizada. Usamos a força de classificação (CS) para medir o desempenho dos sistemas de classificação adotados. RESULTADOS: Houve diferenças na riqueza e abundância entre as classes de rios dentro de cada classificação e o mesmo resultado foi observado para a comunidade como um todo, exceto para o nível de família na classificação usando ordens de rio. A classificação baseada no agrupamento de variáveis ambientais mostrou maiores valores que os demais sistemas de classificação. A resolução taxonômica foi um fator importante, embora os dados no nível de gênero tenham apresentado valores de CS apenas 12% maiores do que aqueles observados para família, para a classificação baseada no agrupamento de variáveis. CONCLUSÃO: Nossos resultados indicam que classificações baseadas em variáveis ambientais são melhores do que os outros sistemas de classificação, e que monitoramentos baseados em famílias podem responder tão bem quanto o nível de gênero num contexto geográfico similar ao deste estudo.

classificação ambiental; força de classificação; MRPP; hidrorregiões; ambientes tropicais


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