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Herbáceas aquáticas das áreas alagáveis amazônicas: estado da arte e estudos necessários

As áreas alagáveis amazônicas cobrem uma vasta extensão de terrenos submetidos a um pulso de inundação monomodal de amplitude média anual de 10 m, definindo uma fase aquática e uma fase terrestre de grande importância biológica. Conforme a origem geológica e as áreas de captação, a físico-química das áreas alagáveis irá variar, sendo definidos dois grandes grupos, as várzeas e os igapós. Apesar das plantas herbáceas aquáticas ocorrerem nessas duas tipologias, a maior riqueza de espécies e densidades são típicas da várzea, onde espécies aquáticas herbáceas, especialmente de plantas C4 podem apresentar valores de biomassa e produção primária líquida - PPL cerca de três vezes os da floresta de várzea. As plantas herbáceas aquáticas são muito importantes no balanço de carbono e nutrientes da várzea, uma vez que através da sua decomposição elas promovem o enriquecimento do sistema aquático e das áreas alagáveis associadas, tanto durante a fase aquática quanto terrestre do ciclo hidrológico. As principais ameaças para plantas herbáceas aquáticas estão relacionadas com a alteração e contaminação do habitat, devido à sua utilização em atividades econômicas como a pecuária de gado e búfalo e agricultura. A degradação aumenta a suscetibilidade destes sistemas ao fogo, especialmente durante a fase terrestre, resultando em perdas econômicas e degradação adicional das áreas alagáveis. Recentemente derrames de óleo decorrentes das atividades petrolíferas na região são motivo de grande preocupação, exigindo urgentemente avaliação adicional.

Rio Amazonas; gramíneas aquáticas; produção primária


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