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“A realidade obedecia a uma outra escala”: realismo afetivo em Azul corvo, de Adriana Lisboa1 1 Este artigo faz parte dos estudos iniciais que resultaram no projeto de pesquisa de pós-doutorado intitulado “Memórias da ditadura em romances de Adriana Lisboa e María Teresa Andruetto”, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais, com o apoio do edital 09/2018 da CAPES/Fapeg.

“Reality obeyed another scale”: affective realism in Crow blue2 2 Título do romance segundo tradução ao inglês de Alison Entrekin (LISBOA, 2014b). , by Adriana Lisboa

Resumo

Na contemporaneidade o realismo como forma e abordagem narrativas tem sido bastante comentado pela teoria e pela crítica. No contexto brasileiro, parte da crítica especializada, ao tentar delimitar o contemporâneo, destaca o realismo em relação direta com a superexposição da violência, vista como um dos principais temas de hoje. Nesse sentido, expressões como “brutalista” (BOSI, 2002) e “realismo feroz” (CANDIDO, 2011), por exemplo, perpassam as análises de obras que conjugam violência e realismo. Todavia, a despeito da profusão de narrativas que se constroem sobre esse binômio, a proposta do presente artigo não é associar o realismo à marginalidade ou à violência. Por meio da leitura do romance Azul Corvo, de Adriana Lisboa, publicado em 2010, pretendemos trabalhar com a experiência do que Schøllhammer identifica como “realismo afetivo” (2002, 2004, 2011, 2013).

Palavras-chave:
Literatura Brasileira; Romance contemporâneo; Realismo; Realismo afetivo; Adriana Lisboa

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