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NARRATIVAS EN EL PAÍS DE LA INFANCIA

NARRATIVES IN THE LAND OF CHILDHOOD

Resumo

A expressão da própria subjetividade, tanto nos meios de comunicação quanto na política, na pesquisa acadêmica, na literatura, no cinema e nas artes visuais, teve sem dúvida uma ancoragem prioritária na instauração da memória pública como um dever ético nas sociedades contemporâneas, e por consequência na valorização do testemunho, em suas formas mais diversas, como um modo de dar conta da experiência de passados traumáticos, entre os quais as memórias da segunda guerra e da Shoah deixaram uma matriz indelével. Nessa herança testemunhal, nesses avatares do espaço biográfico, se inscrevem as narrativas às quais alude o título desse artigo, que unem os três significantes que o presidem: infância, memória, autoficção. Sua narrativa de autores – escritora e cineastas – que padeceram o feito comum de viver a infância na ditadura – a última ditadura militar na Argentina, 1976-1983 – e ser vítimas diretas dela, confrontadas, em uma leitura sintomática, com outras narrativas, singulares, de crianças quando eram crianças, recolhidas por um jornalista na volta à democracia e publicadas em um livro muito tempo depois. Enquanto os primeiros decidiram afrontar a elaboração narrativa de suas memórias traumáticas através da criação de obras autoficcionais, as vozes das crianças, registradas nessa primeira idade da experiência, deixaram um comovedor testemunho de inocência e medo.

Palavras-chave
Narrativas; infância; memória; autobiografia; autoficção

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