Acessibilidade / Reportar erro

A AULA DE PORTUGUÊS: SOBRE VIVÊNCIAS (IN)FUNCIONAIS 1 1 Agradecimento à importante contribuição de Suziane da Silva Mossmann, Aílton Pereira Júnior, Natássia D. Alano, Aline Thessing e Glizauda Chaves, bolsistas Pibid e protagonistas das ações docentes das quais derivou o processo de geração de dados para este artigo.

Este artigo tematiza a aula Português, discutindo a educação linguística escolar para os usos sociais da escrita. Trata-se de uma abordagem – fundada em reflexões sobre (in)funcionalidade de Ponzio (2008-2009) – que objetiva responder à seguinte questão-problema: ‘Em se tratando de aulas de Português em classes de Educação Básica situadas em entornos de vulnerabilidade social, é possível ensaiar um processo de elaboração didática – no ensino dos usos sociais da escrita – que não se limite à funcionalidade?’ A base teórica é a filosofia da linguagem bakhtiniana, a antropologia da linguagem dos estudos do letramento e a psicologia da linguagem de fundamentação vigotskiana. Trata-se de um estudo de caso cujos dados foram gerados por meio de pesquisa documental em vivências do Programa Institucional de Iniciação à Docência – Pibid/Capes – e cuja análise tem base interpretativista. Os resultados sinalizam possibilidades de uma ação didática que, valendo-se da funcionalidade que caracteriza o aparelho escolar e as novas tecnologias, abra espaços à educação para o infuncional, para os usos da escrita em que a palavra não se rende à lógica do mercado global.

Ensino e aprendizagem de língua materna; Usos sociais da escrita; (In)funcionalidade


Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Rua Quirino de Andrade, 215, 01049-010 São Paulo - SP, Tel. (55 11) 5627-0233 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: alfa@unesp.br