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UMA ANÁLISE PARA OS ADJETIVOS EM - VEL À LUZ DA MORFOLOGIA DISTRIBUÍDA

RESUMO

Este artigo apresenta uma análise para os adjetivos em - vel dentro do quadro teórico da Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, 1993). A proposta apresentada, desenvolvida com base em Oltra-Massuet (2014), postula que as leituras modais (possibilidade, probabilidade e obrigação) e a não modal (gatilho) associadas aos adjetivos em - vel resultam da presença de diferentes núcleos funcionais que compõem sua estrutura (v o, Asp e Mod). Nessa linha, argumenta-se que /vel/ corresponde a um único item de Vocabulário que realiza o núcleo adjetivizador (a o) na presença de um núcleo funcional ModP e também nos contextos de um traço [CAUSA]. Isso explica os diferentes sentidos que os falantes do PB associam a esses adjetivos. Os adjetivos que licenciam uma interpretação modal têm na sua estrutura a projeção de um núcleo ModP; ao passo que os adjetivos com leitura não modal não projetam esse núcleo. Este artigo propõe uma importante distinção estrutural entre os adjetivos em - vel com leitura modal, qual seja: apenas os que geram uma leitura de possibilidade projetam o núcleo Voz; os demais projetam apenas o núcleo vP, que introduz leitura de evento, mas não licencia a projeção do argumento externo (cf. KRATZER, 1996; ALEXIADOU, 2001). Essa proposta postula ainda um traço [CAUSA] presente no categorizador adjetival, o qual atribui a leitura de gatilho aos adjetivos em - vel com leitura não modal.

Morfologia distribuída; Adjetivos em - vel; Modalidade

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